Dólar cai 0,38%, a R$ 3,819, na primeira sessão após ataques em Paris
O dólar comercial abriu em alta nesta segunda-feira (16), mas inverteu o movimento no início da tarde e fechou em queda de 0,38%, a R$ 3,819 na venda.
Na sexta-feira (13), a moeda norte-americana havia subido 1,75%, maior alta percentual diária em quase um mês.
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Mercado internacional
Investidores evitavam negócios de risco após os ataques em Paris, capital francesa, na sexta-feira, mas avaliavam que a influência dessas notícias sobre os mercados financeiros é limitada.
"Os ataques em Paris assustam, e a reação normal é buscar proteção", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Spineli José Carlos Amado. A proteção seria tirar dinheiro de países emergentes como o Brasil e aplicar em lugares mais seguros, como EUA.
O operador afirmou, porém, que o impacto do evento sobre os mercados foi pequeno.
Juros nos EUA
Além disso, investidores evitavam fazer grandes operações antes da divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA e da ata do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), nos próximos dias.
"É uma semana repleta de eventos importantes. Quem montar uma posição agora está se arriscando bastante", afirmou o operador de uma corretora internacional à Reuters.
Investidores vêm apostando que o Fed elevará os juros no mês que vem, mas indicadores econômicos fracos e declarações menos incisivas de autoridades do BC norte-americano levantaram algumas dúvidas sobre essa perspectiva.
A alta dos juros nos Estados Unidos preocupa investidores, pois pode atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os juros são mais altos, como é o caso do Brasil.
Cenário nacional
No Brasil, investidores continuavam cautelosos em meio a incertezas sobre a possível saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. Rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia ser seu sucessor agradaram o mercado na semana passada, mas notícias de que o próximo ministro não teria autonomia completa voltaram gerar pessimismo na sexta-feira.
Outro nome que entrou nos rumores como eventual sucessor de Levy é o do diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) Otaviano Canuto. "O mercado não conhece muito bem o Canuto, mas à primeira vista parece que ele defende uma política fiscal rígida, o que é positivo", disse o operador da corretora de um banco nacional.
Em entrevista nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff afirmou que Levy permanecerá no cargo "até segunda ordem" e disse que as especulações sobre o ministro são nocivas para o país.
Atuações do BC
O Banco Central deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 5,909 bilhões, ou cerca de 54% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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