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Dólar fecha quase estável, a R$ 3,817, com atuação do BC e dados dos EUA

Narong Sangnak/Efe
Imagem: Narong Sangnak/Efe

Do UOL, em São Paulo

17/11/2015 17h13

dólar comercial fechou esta terça-feira (17) praticamente estável, com leve queda de 0,04%, a R$ 3,817 na venda. 

Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado em baixa de 0,38%. 

Mercado internacional

Dados sobre a economia dos Estados Unidos influenciaram o movimento do dólar nesta sessão.

Os preços aos consumidores nos EUA subiram em outubro, após dois meses seguidos de queda, com aumento no custo da gasolina e de uma série de outros bens.

Investidores continuam apostando na elevação dos juros norte-americanos no mês que vem.

A alta dos juros nos EUA preocupa investidores, pois pode atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os juros são mais altos, como é o caso do Brasil.

Amanhã, será divulgada a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que pode dar mais pistas de quando o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) vai começar a subir as taxas de juros no país.

Brasil: Atuações do BC

No Brasil, as atuações do Banco Central davam alívio ao dólar. O BC realizou um leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra -que não tem objetivo de adiar contratos já existentes.

A operação, a quinta desse tipo neste mês, também cumpre a função de atender à demanda por dólares típica de fim de ano, relacionada principalmente a exportadores.

O BC também deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 6,491 bilhões, ou cerca de 60% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.  

Dia de votação no Congresso

O reforço na atuação do BC vem em dia marcado por votações importantes no Congresso Nacional relacionadas ao ajuste fiscal.

"O clima volta a esquentar em Brasília", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias Reuters. "O Banco Central preferiu se antecipar e anunciou mais leilão de linha para evitar eventual pressão do dólar sobre o real."

(Com Reuters)