Dólar fecha quase estável, a R$ 3,817, com atuação do BC e dados dos EUA
O dólar comercial fechou esta terça-feira (17) praticamente estável, com leve queda de 0,04%, a R$ 3,817 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado em baixa de 0,38%.
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Mercado internacional
Dados sobre a economia dos Estados Unidos influenciaram o movimento do dólar nesta sessão.
Os preços aos consumidores nos EUA subiram em outubro, após dois meses seguidos de queda, com aumento no custo da gasolina e de uma série de outros bens.
Investidores continuam apostando na elevação dos juros norte-americanos no mês que vem.
A alta dos juros nos EUA preocupa investidores, pois pode atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os juros são mais altos, como é o caso do Brasil.
Amanhã, será divulgada a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que pode dar mais pistas de quando o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) vai começar a subir as taxas de juros no país.
Brasil: Atuações do BC
No Brasil, as atuações do Banco Central davam alívio ao dólar. O BC realizou um leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra -que não tem objetivo de adiar contratos já existentes.
A operação, a quinta desse tipo neste mês, também cumpre a função de atender à demanda por dólares típica de fim de ano, relacionada principalmente a exportadores.
O BC também deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 6,491 bilhões, ou cerca de 60% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Dia de votação no Congresso
O reforço na atuação do BC vem em dia marcado por votações importantes no Congresso Nacional relacionadas ao ajuste fiscal.
"O clima volta a esquentar em Brasília", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias Reuters. "O Banco Central preferiu se antecipar e anunciou mais leilão de linha para evitar eventual pressão do dólar sobre o real."
(Com Reuters)
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