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Dólar cai pelo 3º dia e fecha a R$ 3,641, menor valor desde 31 de agosto

Do UOL, em São Paulo

10/03/2016 17h12Atualizada em 10/03/2016 18h33

dólar comercial fechou esta quinta-feira (10) em baixa de 1,5%, a R$ 3,641 na venda. Com isso, a moeda norte-americana atingiu o menor valor desde 31 de agosto de 2015, quando terminou o dia valendo R$ 3,627.

Essa foi a terceira queda seguida do dólar, que havia caído 1,12% na véspera. Nos últimos oito pregões, a moeda perdeu valor em sete.

O dólar já acumula queda de 9,04% no mês e de 7,77% no ano.

Denúncia contra Lula

Investidores estavam atentos ao cenário político brasileiro. Na véspera, o Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ocultação de patrimônio, uma modalidade do crime de lavagem de dinheiro, e falsidade ideológica. 

Em entrevista coletiva nesta tarde, o MP negou motivação política no caso e pediu a prisão preventiva do ex-presidente Lula.

Acusações contra membros do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, têm sido encaradas como positivas por alguns investidores. Eles acreditam que uma mudança no governo ajudaria o país a recuperar sua credibilidade perante o mercado.

Outros ressaltam, porém, que a perspectiva de turbulências políticas causa instabilidades e não há garantia de que uma eventual troca de presidente traria um quadro mais favorável para a economia brasileira.

Inflação e juros

O Banco Central divulgou nesta manhã a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). No documento, o BC retirou a menção de que, para o ano que vem, a inflação estava "ligeiramente" superior à meta de 4,5% ao ano.

Com isso, o mercado acredita que o BC não vá reduzir a taxa básica de juros (Selic) tão cedo, apesar da fraqueza na economia.

BC europeu corta taxas

O Banco Central Europeu cortou suas principais taxas de juros para estimular a economia. Além disso, a entidade reduziu suas projeções de inflação e crescimento econômico na zona do euro em 2016 e 2017.

O presidente do BC europeu, Mario Draghi, afirmou, no entanto, que não prevê mais cortes de juros à frente.

(Com Reuters)