Dólar sobe no dia, mas cai 2% na semana, a R$ 3,524, com BC e impeachment
O dólar comercial quebrou uma sequência de duas quedas e fechou esta sexta-feira (15) em alta de 1,38%, a R$ 3,524 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,1%.
Apesar de subir no dia, o dólar encerra a semana com baixa de 2,02%. A moeda também acumula desvalorização de 2,01% no mês e de 10,74% no ano.
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Atuação do BC e Orçamento de 2017
O Banco Central continuou a atuar forte no mercado de câmbio. Nesta sessão, foram feitos três leilões de swap cambial reverso (equivalente à compra futura de dólares). Ao todo, o BC vendeu 88,5 mil contratos, que correspondem a cerca de US$ 4,425 bilhões.
A atuação do BC surtiu efeito e o dólar operou o dia todo em alta.
À tarde, o governo divulgou a previsão do Orçamento para 2017. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) prevê rombo de R$ 65 bilhões nas contas federais. A expectativa para o salário mínimo no ano que vem é de R$ 946.
Crise política
Investidores continuavam de olho no cenário político em meio às crescentes apostas de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No plenário da Câmara dos Deputados, lideranças dos partidos discursaram contra e a favor do impedimento da presidente. A votação sobre a abertura do processo de impeachment contra Dilma está marcada para este domingo (17).
Na madrugada, o governo perdeu no STF (Supremo Tribunal Federal) mais uma tentativa de barrar a votação. A AGU (Advocacia-Geral da União) havia pedido que a votação na Câmara fosse suspensa.
Muitos operadores acreditam que uma eventual troca de governo poderia trazer de volta a confiança dos investidores na economia brasileira.
PIB da China e petróleo
No exterior, o dólar também sofreu influência de dados da economia chinesa, divulgados nesta madrugada. No primeiro trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) da China desacelerou para 6,7%.
Também influenciou a queda nos preços do petróleo. Investidores estavam cautelosos antes da reunião de produtores da matéria-prima, marcada para domingo. Poucos esperam que o encontro resulte em um acordo para congelar a produção global, o que ajudaria a segurar o preço do produto.
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