Em semana com áudios vazados, dólar acumula 2,64% e fecha em R$ 3,611
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (27) com alta de 0,38% no dia, vendido a R$ 3,611. Na semana, agitada por áudios vazados envolvendo políticos e a Lava Jato, a moeda americana acumulou alta de 2,64%.
No dia, após um feriado no Brasil, a moeda foi influenciada pela presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), Janet Yellen, que disse que os juros podem subir "nos próximos meses". Juros mais altos nos EIA tiram dólares do Brasil. Com menos moeda aqui, o dólar fica mais caro.
Na quarta-feira, o dólar havia subido 0,61% e atingido o maior valor desde 7 de abril (R$ 3,694).
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Dia de poucos negócios
No Brasil, a sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios na emenda do feriado de Corpus Christi. Também não houve atuação do Banco Central no mercado de câmbio.
O volume de negócios no exterior também era limitado porque os mercados norte-americanos não vão abrir na segunda-feira (30) devido ao feriado do "Memorial Day".
Crise política
Investidores continuaram adotando cautela em meio ao noticiário político no Brasil. Figuras importantes ligadas ao governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), têm sido golpeadas por trechos de gravações divulgadas pela imprensa que já resultaram na queda do ex-ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Investidores temem que isso enfraqueça a capacidade do governo de aprovar medidas de ajuste nas contas públicas no Congresso e afete a credibilidade do país junto a investidores estrangeiros.
Dados dos EUA
Pela manhã, o governo dos Estados Unidos divulgou dados revisados do PIB (Produto Interno Bruto). O país cresceu ao ritmo anual de 0,8%, ante 0,5% divulgado no mês passado.
À tarde, a presidente do Fed, Janet Yellen, afirmou que o país pode elevar os juros "nos próximos meses" se o crescimento econômico melhorar como esperado e se os empregos continuarem a ser gerados.
(Com Reuters)
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