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Bolsa sobe e fecha em nível recorde pelo segundo dia seguido

Do UOL, em São Paulo

12/09/2017 17h25

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta terça-feira (12) em alta de 0,3%, a 74.538,55 pontos, novamente no maior nível da história. Na véspera, a Bolsa já havia batido o recorde, fechando a 74.319,22 pontos.

A Bolsa chegou a operar acima dos 75 mil pontos durante a sessão, com as perspectivas por avanços no cenário político ainda ajudando o tom positivo dos negócios. Durante a tarde, porém, a alta da Bolsa perdeu fôlego após a notícia de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso autorizou a abertura de um novo inquérito contra o presidente Michel Temer. Há suspeitas de que ele tenha atuado para beneficiar uma empresa que atua no porto de Santos por meio da edição de um decreto de regulamentação do setor.

A alta do dia foi influenciada, principalmente, pelo desempenho positivo dos papéis da Ambev e da mineradora Vale. Por outro lado, as ações da Petrobras e dos bancos Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil tiveram queda. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa. 

Dólar fecha em alta, a R$ 3,129

dólar comercial fechou esta terça-feira em alta de 0,81%, cotado a R$ 3,129 na venda. É o segundo dia seguido de valorização. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,3%

O movimento de cautela com o cenário político influenciou a sessão. 

O que explica o recorde da Bolsa?

Segundo especialistas, os mercados estão otimistas com algumas notícias: 

Queda dos juros: Banco Central baixou os juros para 8,25% ao ano. Analistas esperam que a taxa básica (Selic) caia para 7% até o fim do ano, favorecendo a retomada da atividade econômica.

Dados econômicos positivos: produção industrial de julho superou as estimativas do mercado, indicando que o crescimento da economia se mantém no terceiro trimestre.

Vitórias no Congresso: na última semana, o Congresso concluiu votações importantes para o governo: aprovou o aumento do rombo nas contas públicas deste ano e do próximo, para R$ 159 bilhões, e a criação da nova taxa de juros do BNDES, com menos subsídios da União. 

Reviravolta na delação da JBS e prisão de Joesley Batista: deve ser revista a delação da JBS, que serviu de base para a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer. 

Reforma da Previdência: Para os analistas, o governo ganha força para levar adiante sua agenda de reformas --entre elas, a da Previdência.

Depoimento de Antonio Palocci e eleições de 2018: as afirmações do ex-ministro Antonio Palocci sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afetam a imagem de Lula e podem influenciar o cenário eleitoral para 2018, favorecendo um candidato de continuidade.

(Com Reuters, Bloomberg e Valor)