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Bolsa sobe e bate recorde pelo 3º dia seguido; JBS avança mais de 2%

Do UOL, em São Paulo

13/09/2017 17h22

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quarta-feira (13) em alta de 0,33%, a 74.787,57 pontos, e atingiu o maior nível da história pelo terceiro dia seguido. Na véspera, a Bolsa subiu 0,3%, a 74.538,55 pontos. 

A alta do dia foi influenciada, principalmente, pelo desempenho positivo dos papéis da Petrobras e dos bancos Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco. Por outro lado, as ações da mineradora Vale fecharam em queda. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa. 

As ações da JBS terminaram o dia em alta de 2,35%, a R$ 8,27, apesar da prisão do presidente-executivo da empresa, Wesley Batista. A Polícia Federal prendeu o empresário como parte de uma investigação sobre suspeita de uso de informação privilegiada para obter lucros no mercado financeiro. No início da sessão, a ação da JBS chegou a cair 1,73%.

Dólar fecha em alta, a R$ 3,138

dólar comercial fechou esta quarta-feira em alta de 0,29%, cotado a R$ 3,138 na venda. É o terceiro dia seguido de valorização. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,81%

Influenciou a cotação de hoje a cautela dos investidores após o presidente Michel Temer voltar a ser alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal. Há suspeitas de que Temer tenha beneficiado uma empresa que atua no porto de Santos por meio da edição de um decreto de regulamentação do setor.

O que explica o recorde da Bolsa?

Segundo especialistas, os mercados estão otimistas com algumas notícias: 

Queda dos juros: Banco Central baixou os juros para 8,25% ao ano. Analistas esperam que a taxa básica (Selic) caia para 7% até o fim do ano, favorecendo a retomada da atividade econômica.

Dados econômicos positivos: produção industrial de julho superou as estimativas do mercado, indicando que o crescimento da economia se mantém no terceiro trimestre.

Vitórias no Congresso: na última semana, o Congresso concluiu votações importantes para o governo: aprovou o aumento do rombo nas contas públicas deste ano e do próximo, para R$ 159 bilhões, e a criação da nova taxa de juros do BNDES, com menos subsídios da União. 

Reviravolta na delação da JBS e prisão de Joesley Batista: deve ser revista a delação da JBS, que serviu de base para a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer. 

Reforma da Previdência: Para os analistas, o governo ganha força para levar adiante sua agenda de reformas --entre elas, a da Previdência.

Depoimento de Antonio Palocci e eleições de 2018: as afirmações do ex-ministro Antonio Palocci sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afetam a imagem de Lula e podem influenciar o cenário eleitoral para 2018, favorecendo um candidato de continuidade.

(Com Reuters, Bloomberg e Valor)