Dólar cai 1,36%, a R$ 3,547, maior queda em quase 3 meses; Bolsa sobe 1,89%
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (10) em queda de 1,36%, cotado a R$ 3,547 na venda, após três altas seguidas. É a maior queda percentual diária da moeda desde 14 de fevereiro (-2,27%). Na véspera, o dólar fechou em R$ 3,595, maior valor em quase dois anos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou alta de 1,89%, a 85.861,2 pontos, no terceiro avanço consecutivo. Na véspera, a Bolsa havia subido 1,58%.
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Empresa de energia despenca 10,9% na Bolsa
Entre os destaques da Bolsa, as ações da EDP (Energias de Portugal) Brasil despencaram 10,9%, na maior queda do dia. Nesta segunda, a concorrente China Three Gorges confirmou oferta para a compra da empresa portuguesa. A operação, no entanto, não envolveria uma oferta pública pela unidade brasileira.
As ações da Petrobras (+4,15%) e da mineradora Vale (+3,12%) registraram alta, enquanto os papéis do Banco do Brasil (-2,49%), do Itaú Unibanco (-1,5%) e do Bradesco (-1,43%) fecharam em baixa. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Juros nos EUA
O mercado foi influenciado pela divulgação de dados sobre a inflação nos Estados Unidos, que acelerou menos que o esperado. Com a inflação menor, investidores veem menos chances de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) aumentar os juros no país. Taxas maiores nos EUA tendem a atrair para lá recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro.
Apesar disso, investidores ainda acompanhavam possíveis novas sanções econômicas ao Irã, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonar o acordo nuclear com o país do Golfo Pérsico nesta semana. Com a saída dos EUA, a produção e exportação de petróleo do Irã pode ser afetada.
Com menos oferta de petróleo no mercado, os preços da matéria-prima tendem a subir, o que pode impactar a inflação norte-americana e levar o país a acelerar o ritmo de alta dos juros.
(Com Reuters)
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