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Dólar encosta em R$ 3,60 e fecha no maior valor em quase 2 anos; Bolsa sobe

Do UOL, em São Paulo

09/05/2018 17h07Atualizada em 09/05/2018 17h25

O dólar comercial fechou esta quarta-feira (9) em alta de 0,74%, cotado a R$ 3,595 na venda. É o terceiro avanço seguido da moeda norte-americana e o maior valor de fechamento em quase dois anos: em 31 de maio de 2016, terminou o dia a R$ 3,612. Na véspera, o dólar subiu 0,45%.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou alta de 1,58%, a 84.265,49 pontos, no segundo avanço consecutivo. Na véspera, a Bolsa havia subido 0,29%.

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Petrobras dispara 10%; Gol perde 9,85%

Entre os destaques da Bolsa, as ações da Petrobras dispararam 10,02%, influenciadas pelo resultado positivo no primeiro trimestre e pela alta dos preços de petróleo no exterior.

As ações do Banco do Brasil (+4,21%), da mineradora Vale (+2,15%), do Bradesco (+0,8%) e do Itaú Unibanco (+0,32%) também tiveram ganhos. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

No lado negativo, os papéis da Gol despencaram 9,85%, influenciados pela alta dos preços do petróleo, uma vez que o principal custo para as companhias aéreas é o combustível, e também pela desvalorização do real frente ao dólar.

EUA abandonam acordo nuclear com Irã

O mercado ainda acompanha a repercussão da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de abandonar o acordo nuclear com o Irã, na véspera. Com a saída dos EUA, voltam as sanções econômicas ao Irã, o que pode afetar a produção e exportação de petróleo do país.

Com menos oferta de petróleo no mercado, os preços da matéria-prima tendem a subir, o que pode impactar a inflação norte-americana e levar o país a acelerar o ritmo de alta dos juros. Taxas maiores nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados em mercados considerados de maior risco, como o brasileiro.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a alta do dólar é um movimento global e não exclusivo por aqui, mas afirmou que o BC está monitorando o mercado e intervirá se for necessário. 

(Com Reuters)