Com eleição, dólar sobe 2% e supera R$ 4 pela 1ª vez em 30 meses; Bolsa cai
O dólar comercial fechou esta terça-feira (21) em alta de 2,01%, cotado a R$ 4,037 na venda, no quinto avanço seguido. Essa é a primeira vez que a moeda fecha acima de R$ 4 em quase 30 meses: em 29 de fevereiro de 2016, o dólar havia terminado o dia a R$ 4,004.
É o maior valor de fechamento desde 18 de fevereiro de 2016 (R$ 4,049), e a maior alta percentual diária desde 11 de julho deste ano (+2,2%).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior. Mais cedo, a reportagem encontrou o dólar vendido a R$ 4,21, para quem compra em dinheiro vivo, e a R$ 4,42, para o cartão pré-pago, já considerando o IOF.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa de 1,5%, a 75.180,4 pontos, após subir 0,39% na véspera. É o menor nível de fechamento em mais de um mês: em 11 de julho, a Bolsa encerrou o dia a 74.398,55 pontos.
Investidores reagiam após a divulgação de uma nova pesquisa eleitoral (leia mais abaixo). Resultados de pesquisas normalmente causam preocupação no mercado e abrem espaço para especulação. No exterior, investidores estavam de olho nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China e na crise da Turquia.
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Gol despenca 9,87%
As ações da Gol despencaram 9,87%, na maior queda do Ibovespa no dia, influenciadas pelos avanços do dólar e dos preços do petróleo, matéria-prima para o combustível de aviação, no exterior.
Também registraram desvalorização os papéis do Banco do Brasil (-3,98%), da Petrobras (-3,49%), do Bradesco (-2,43%) e do Itaú Unibanco (-1,29%). Por outro lado, a mineradora Vale (+0,56%) terminou o dia em alta. Essas empresas têm grande peso sobre o índice.
Pesquisa eleitoral
Levantamento do Ibope divulgado na noite passada reforçou o cenário de que Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não conseguiu deslanchar na disputa pela Presidência. O mercado avalia que ele é o candidato mais comprometido com reformas consideradas necessárias para equilibrar as contas públicas.
O deputado Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida pelo Palácio do Planalto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 20% das intenções de voto. Na sequência, vêm Marina Silva (Rede) (12%), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) (9%), Alckmin (7), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) (4%) e o senador Alvaro Dias (Podemos) (3%). A margem de erro é de dois pontos percentuais.
No cenário com Lula, o petista lidera com 37% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 18%.
EUA, China e Turquia
No exterior, investidores aguardavam as conversas entre representantes de Estados Unidos e China nesta semana, com esperança de que possa haver algum avanço na disputa comercial entre os dois países.
Na segunda-feira (20), o presidente norte-americano, Donald Trump, disse não esperar muito das negociações. Em entrevista à agência Reuters, ele disse que "não há prazo" para encerrar a disputa comercial com a China.
Investidores também estavam de olho na crise da Turquia. A lira turca voltou a recuar frente ao dólar neste pregão, depois que Trump descartou a possibilidade de acordo com o governo turco.
(Com Reuters)
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