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Dólar sobe no dia, a R$ 3,723, mas tem maior queda mensal desde 2016

Do UOL, em São Paulo

31/10/2018 17h07Atualizada em 31/10/2018 17h49

dólar comercial fechou esta quarta-feira (31) em alta de 0,87%, a R$ 3,723 na venda, após cair 0,4% na véspera. Apesar de subir no dia, a moeda termina outubro, mês de eleições, com queda acumulada de 7,79%. É a maior desvalorização mensal em mais de dois anos: o dólar despencou 11,05% em junho de 2016, mês seguinte ao impeachment de Dilma Rousseff (PT). No ano, a moeda ainda acumula alta de 12,32%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,62%, a 87.420,98 pontos. É o maior nível de fechamento em oito meses, desde 26 de fevereiro (87.652,64 pontos). Com isso, o índice encerra o mês com valorização acumulada de 10,19%, o maior ganho mensal desde janeiro (+11,14%). No ano, a Bolsa acumula alta de 14,43%.

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Braskem e Vale disparam

Entre os destaques da Bolsa, as ações da Braskem subiram 6,82%, na maior alta do dia do Ibovespa. Também pesaram no desempenho do índice a alta das ações da mineradora Vale, de 5,27%.

Por outro lado, os papéis da Petrobras (-1,36%), do Bradesco (-1,29%), do Banco do Brasil (-0,81%) e do Itaú Unibanco (-0,48%) fecharam em queda.

Otimismo com Bolsonaro

Investidores continuavam otimistas com o cenário político após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente, e com as primeiras declarações da nova equipe de governo, entre elas a intenção de tentar aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano.

A reforma da Previdência é considerada pelo mercado como uma das principais medidas para equilibrar as contas públicas.

O futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes, também falou sobre a independência do Banco Central e a possibilidade de uso de reservas internacionais em caso de ataque especulativo ao câmbio, e defendeu a continuidade de Ilan Goldfajn à frente do BC, embora isso ainda não esteja definido. Essas declarações animaram o mercado.

Juros nos EUA

Nos Estados Unidos, a criação de vagas do mercado privado de trabalho teve seu maior aumento em oito meses em outubro. Os dados serviram para aumentar as especulações sobre os juros no país.

O BC dos EUA subiu os juros três vezes neste ano e há previsão de mais uma alta no último encontro de 2018, em dezembro. Juros maiores nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.

(Com Reuters)