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Bolsa ganha 10,8%, e dólar cai 5,6%, a R$ 3,66, no 1º mês sob Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

31/01/2019 17h16Atualizada em 31/01/2019 18h55

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, emendou a terceira alta e fechou com valorização de 0,41% nesta quinta-feira (31), a 97.393,74 pontos. Com isso, o índice encerra janeiro, o primeiro mês do governo Jair Bolsonaro, com ganho acumulado de 10,82%. Na véspera, havia subido 1,42%.

dólar comercial fechou em queda de 1,77%, a R

dólar comercial fechou em queda de 1,77%, a R$ 3,659 na venda, menor valor de fechamento em mais de três meses, desde 26 de outubro (R$ 3,655). É a maior queda percentual diária desde 8 de outubro, logo após o primeiro turno das eleições presidenciais, quando a moeda norte-americana perdeu 2,35%. Com o resultado, o dólar encerra o mês com desvalorização acumulada de 5,6%. Na véspera, o dólar fechou quase estável, com leve alta de 0,06%, a R$ 3,725 na venda.

nbsp;3,659 na venda, menor valor de fechamento em mais de três meses, desde 26 de outubro (R$ 3,655). É a maior queda percentual diária desde 8 de outubro, logo após o primeiro turno das eleições presidenciais, quando a moeda norte-americana perdeu 2,35%. Com o resultado, o dólar encerra o mês com desvalorização acumulada de 5,6%. Na véspera, o dólar fechou quase estável, com leve alta de 0,06%, a R$ 3,725 na venda.

Bradesco salta 5,7%; Vale cai 2,4%

Na maior alta do dia na Bolsa, as ações do Bradesco saltaram 5,65%, após o banco reportar alta de 13% no lucro em 2018, para R$ 21,6 bilhões. Os papéis do Banco do Brasil (+2,53%), do Itaú Unibanco (+1,73%) e as ações ordinárias (com direito a voto em assembleia) da Petrobras (+0,37%) também registraram ganhos.

No sentido oposto, os papéis da Vale caíram 2,36%, após terem fechado em alta de 9,03% na véspera. As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) da Petrobras (-0,16%) também fecharam em queda. Essas ações têm grande peso sobre o Ibovespa.

Primeiro mês sob Bolsonaro

O primeiro mês da nova gestão foi marcado, no mercado financeiro, por expectativas otimistas em relação a reformas estruturais da economia. Investidores avaliam que o governo deve encaminhar ao Congresso propostas consideradas por eles como fundamentais para equilibrar as contas públicas, principalmente a reforma da Previdência

Ao longo de janeiro, membros do governo e da equipe econômica e o próprio Bolsonaro deram declarações sobre a reforma, mas ainda não há informações concretas nem detalhes sobre qual será a proposta. 

EUA mantêm juros

A queda do dólar nesta quinta-feira foi influenciada pela decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) de manter a taxa de juros no país, na véspera. O banco também sinalizou que será "paciente" com relação a novos aumentos. "A sinalização do Fed deixou parte do mercado bem animada", afirmou Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, à agência de notícias Reuters.

O mercado aguarda ainda o desfecho das negociações comerciais entre autoridades dos EUA e da China, que, desde quarta-feira (30), estão reunidas para tentar resolver o impasse entre as duas maiores economias globais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta que quer um acordo "muito grande" com o país asiático, "ou será um acordo que nós vamos apenas adiar mais um pouco". Trump não deu mais explicações ou detalhes sobre a declaração. 

Reforma da Previdência

No Brasil, investidores ficaram otimistas após declaração do vice-presidente, Hamilton Mourão, de que a reforma da Previdência será única, incluirá militares e será submetida como emenda constitucional e um projeto de lei.

Também segue no radar o fim do recesso no Legislativo e a formação das mesas diretoras de cada casa do Congresso, quando o governo poderá começar a avançar com sua agenda econômica.

Atuação do BC

Nesta quinta, o BC anunciou que pretende rolar integralmente os US$ 9,811 bilhões em contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, que vencem em março. Na sexta-feira fará o primeiro leilão, de até 10,33 mil contratos.

Entenda como funciona o câmbio do dólar

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