Por que o mercado está otimista com a possível alta médica de Bolsonaro?
A possibilidade de alta médica do presidente Jair Bolsonaro amanhã deixou investidores otimistas nesta sessão. Embora a data de saída do hospital ainda dependa de decisão do Palácio do Planalto, a notícia foi um dos motivos para o avanço de 1,9% da Bolsa e a queda de 1,3% do dólar hoje, segundo analistas.
Por que a saída do presidente do hospital é tão esperada pelo mercado financeiro? O que os investidores esperam com a volta de Bolsonaro a Brasília? Veja o que dizem analistas de mercado.
Reforma da Previdência deve andar
O mercado espera que a proposta de reforma da Previdência seja enviada ao Congresso nos próximos dias, após a saída de Bolsonaro do hospital. Ontem, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmaram que o presidente só deve decidir sobre o texto final da Previdência quando voltar a Brasília.
Hoje, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que entregou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, uma versão final do texto da reforma. No entanto, ainda podem ser feitas mudanças antes de a proposta ser enviada à Câmara dos Deputados.
"O maior tempo de Bolsonaro internado 'paralisou' discussões importantes em Brasília, que vão desde coisas simples (como definir cargos públicos e desligamentos de postos) até pautas fundamentais para a economia (cessão onerosa e reforma da Previdência). Conforme o presidente volte à ativa, teremos maior clareza da velocidade com que essas pautas vão tramitar", escreveu a Rico Investimentos em relatório enviado a clientes.
Também em relatório, a consultoria Levante disse que a saída de Bolsonaro do hospital finalmente destrava o funcionamento do Planalto e do Congresso. "Isso significa, entre outras medidas, a apresentação oficial da reforma da Previdência para a Câmara dos Deputados assim que Bolsonaro analisar o projeto e bater o martelo. (...) Sua alta aumenta expectativas sobre a apresentação da proposta em um futuro próximo."
Por que o mercado espera a reforma?
Para investidores, a reforma da Previdência é uma das principais medidas para equilibrar as contas públicas e retomar o crescimento econômico.
Na semana passada, o ministro Paulo Guedes estimou uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos com a aprovação da proposta.
Em 2018, o rombo da Previdência atingiu R$ 195,2 bilhões, aumento de 3,2% em relação a 2017, segundo dados do Tesouro Nacional. Sem a reforma, esse rombo só aumentaria ao longo dos anos, gerando uma situação insustentável para o governo, segundo especialistas do mercado.
Idade mínima gera dúvidas
A maioria dos deputados e senadores são favoráveis a mudanças na Previdência Social, de acordo com pesquisa divulgada pelo BTG Pactual ontem. Apesar de concordarem que a reforma é necessária, os congressistas discordam sobre a idade mínima para se aposentar.
O ponto mais polêmico é ter uma idade mínima igual para homens e mulheres, como defende Guedes. Segundo uma proposta vazada na semana passada, a idade mínima para se aposentar poderia ser de 65 anos para ambos os sexos e valeria apenas para novos profissionais.
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