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Dólar sobe a R$ 3,934 e Bolsa cai 1,1%, após CCJ adiar Previdência

Do UOL, em São Paulo

17/04/2019 17h17Atualizada em 17/04/2019 17h55

O dólar comercial terminou o dia em alta de 0,83%, cotado a R$ 3,934 na venda. Foi o segundo avanço seguido e é o maior valor em três semanas (em 27 de março, a moeda norte-americana fechou valendo R$ 3,955). O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,11%, a 93.284,75 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Vale e bancos caem; Petrobras fica quase estável

As ações da Petrobras, que chegaram a cair mais de 1% durante a tarde, encerraram o dia praticamente estáveis, com alta de 0,11%. Na última sexta-feira, as ações da estatal despencaram 8% depois da notícia de que o presidente Jair Bolsonaro interviu para a companhia adiar um aumento de 5,7% no preço do diesel.

Fecharam em queda as ações da Vale (-1,6%), do Itaú Unibanco (-1,55%), do Bradesco (-1,38%) e do Banco do Brasil (-1,32%). Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Votação da Previdência adiada

Os investidores seguem apreensivos com impasses que travam o avanço da reforma da Previdência no Congresso. Os principais indicadores financeiros passaram a piorar no início da tarde, depois que a conturbada sessão para votação do texto da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara acabou adiada.

O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu encerrar a sessão sem votar o parecer sobre a reforma. Com isso, a votação foi passada para a próxima terça-feira (23).

A decisão foi tomada após os governistas encontrarem dificuldades para conseguir apoio para o parecer do relator, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). O relatório, apresentado na semana passada, diz que a reforma respeita integralmente a Constituição, e Freitas recomendou que mudanças no texto fossem feitas apenas na fase seguinte, na comissão especial.

Dados positivos no exterior

As preocupações internas anularam as boas notícias que o mercado recebeu pela manhã e que chegaram a dar um empurrão positivo nos principais índices financeiros do país.

No exterior, dados mostraram que a economia chinesa cresceu 6,4% no primeiro trimestre, acima das expectativas, enquanto a produção industrial no país subiu 8,5%, também superior ao esperado pelo mercado.

(Com Reuters)

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