Dólar passa de R$ 4 e Bolsa cai quase 3%, no pior dia desde 27 de março
O dólar comercial e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tiveram o pior dia desde 27 de março, em meio a preocupações com a desaceleração da economia global.
O dólar comercial fechou o dia com alta de 1,85% a R$ 4,041 na venda. É a maior alta diária desde 27 de março. O dólar não fechava acima de R$ 4 desde maio.
O Ibovespa fechou em queda de 2,94% a 100.258,01 pontos. É a maior baixa percentual diária também desde 27 de março, quando a Bolsa tombou 3,57%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Mercado preocupado com economia global
Após alívio na véspera, quando os EUA adiaram a imposição de tarifas sobre alguns produtos da China, a cautela voltou a prevalecer nos mercados. Dados divulgados pela China mostraram que a produção industrial desacelerou para o menor ritmo em mais de 17 anos, efeito da intensificação da guerra comercial com os EUA.
Além disso, a queda nas exportações levou a uma contração da economia alemã no segundo trimestre, deixando-a à beira da recessão. Pressionado pela Alemanha, maior economia do bloco, o crescimento da zona do euro também desacelerou no segundo trimestre.
"O mercado já torceu o nariz de novo, acordando o fantasma da recessão começando nos EUA, China e se alastrando pelo mundo. E o mercado correu para a proteção novamente", disse à agência de notícias Reuters o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
Brasil: pauta econômica no radar
No Brasil, avanços na pauta econômica seguem no radar de investidores, em especial desdobramentos ligados à reforma da Previdência no Senado e à reforma tributária, que começou a tramitar na Câmara. Senadores fecharam acordo e definiram um calendário de votação da reforma da Previdência com promulgação prevista até 10 de outubro.
Já com relação à reforma tributária, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita em comissão especial na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), indicou na véspera a intenção de unificar o projeto com os textos do governo e do Senado, mas afastou a chance de um imposto sobre movimentações financeiras ser aprovado pelos parlamentares.
*Com informações da Reuters
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