Após pico de 10% no ano, dólar se acalma e sobe 3,5% em 2019, a R$ 4,013
O dólar comercial fechou 2019 com uma alta de 3,5% no ano, cotado a R$ 4,013 na venda, levando em conta os negócios até esta segunda, (30). Na terça-feira (31), pode haver alguns negócios com dólar, mas são movimentações mínimas e praticamente não alteram a cotação. No dia, a moeda americana fechou em queda de 0,91%.
O dólar chegou a subir quase 10% no ano, mas acabou perdendo força no fim. A moeda chegou a superar os R$ 4,25, no dia 27 de novembro. Naquela data, a alta atingiu 9,9%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Ano não pode ser considerado ruim, diz analista
"Chegamos ao último dia de mercados abertos de 2019, e o ano não pode ser considerado ruim, diante de tudo que atravessamos. No Brasil, foi um ano de muitas mudanças e adaptação à forma de governar de Jair Bolsonaro, enquanto no exterior, tivemos ajustes na economia global, e não sem muitos sustos nos dois cenários", disse o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira.
Um desses sustos ocorreu no fim de novembro, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez comentários sobre qual seria a taxa de equilíbrio para o câmbio. Foi quando a divisa americana bateu o recorde histórico, em termos nominais, ante o real.
No começo de dezembro, outro susto, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou tarifar aço e alumínio brasileiros.
Para profissionais de mercado, o comentário do ministro acabou inflando um ambiente que já era favorável à apreciação do dólar. Para o responsável pela mesa institucional da Genial Investimentos, Roberto Motta, os juros brasileiros em níveis historicamente baixos, a atividade econômica no Brasil e incertezas na economia global por causa da guerra comercial entre EUA e China diminuíram a entrada de dólares no Brasil, o que encareceu o preço da moeda americana diante do real.
Indicadores mais positivos ajudaram no fim
Mas a partir de dezembro, os indicadores mais positivos da economia brasileira e a aprovação da reforma da Previdência ajudaram a reduzir as preocupações, e o dólar recuou para o patamar na casa de R$ 4,05.
Para o professor de Economia da FIA Celso Grisi, se os juros brasileiros continuarem nos atuais patamares, ao redor de 5%, só um fator doméstico tem poder para realimentar a queda da moeda americana: o ritmo da economia. "Com o andamento das reformas e recuperação econômica, vamos atrair recursos de investidores para a economia real", disse o economista da FIA.
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