Poupança perderá da inflação em 2020, mas veja para quem ela ainda serve
Com a taxa básica de juros (Selic) em 4,5% ao ano, a poupança terá um rendimento anual de 3,15% em 2020, abaixo da inflação esperada para o próximo ano, de 3,6%. Será a primeira vez que a poupança perderá para a inflação desde 2015.
Com os juros baixos, a poupança rende menos por causa de uma regra criada em 2012. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é de 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais TR. Porém, quando a Selic é igual ou menor que 8,5%, a poupança passa a render 70% da Selic mais TR.
Para quem a poupança ainda vale a pena?
Apesar de perder para a inflação, a poupança ainda pode ser uma alternativa para, pelo menos, cinco grupos de pessoas, por razões bastante distintas. Veja abaixo:
1. Quem guarda dinheiro em casa: Pode parecer brincadeira, mas muitos brasileiros ainda não têm conta em banco e recebem o salário em espécie. Com isso, as economias são feitas em casa, em cofrinhos, guardados em caixas ou nas gavetas dos armários. Para casos assim, a poupança é uma alternativa.
2. Quem ganha pouco e poupa pouco a cada mês: Em geral, quem tem baixa renda consegue economizar um valor pequeno por mês. A maior parte do dinheiro é gasto com alimentação e aluguel. Para essas pessoas, a poupança é uma opção segura.
3. Quem quer resgatar o dinheiro em pouco tempo: A poupança pode ser uma alternativa para quem recebeu uma quantia significativa, pretende usar o dinheiro em pouco tempo, mas não quer deixá-lo na conta corrente, sujeito a tarifas.
4. Quem quer fazer uma reserva de emergência: Quem já tem aplicações mais rentáveis, de médio e longo prazos, costuma guardar um pouco também para uma reserva para emergências. Esses recursos podem ser depositados na poupança, já que podem ser sacados a qualquer momento.
5. Quem tem depósitos anteriores a maio de 2012: Quem tem dinheiro na poupança antiga, depositado antes de maio de 2012, ainda tem um rendimento garantido de 6,17%. Esse grupo não terá perdas em 2020 e manterá um rendimento maior que a inflação. Nesses casos, a indicação é manter o dinheiro.
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