Bolsa dispara 14% após tombo na véspera, mas tem pior semana desde 2008
A Bolsa de Valores teve um dia trégua nesta sexta-feira (13), após ter caído quase 15% na véspera e em uma semana tensa pelo coronavírus, marcada por três dias de "circuit breaker". O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 13,91%, aos 82.677,91 pontos.
Na semana, a Bolsa perdeu 15,63%, o pior resultado desde outubro de 2008, durante a crise financeira daquele ano.
Em março, a desvalorização é de 20,63% e, no ano, de 28,51%.
Os mercados globais continuam acompanhando os desdobramentos da pandemia de coronavírus, com bancos centrais anunciando estímulo -do Japão e China hoje, dos EUA ontem— para tentar atenuar os efeitos da doença em suas economias. A grande notícia do dia, no exterior, foi o anúncio de emergência nacional nos EUA. No Brasil, foi o resultado negativo de testes de coronavírus feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.
Medidas de emergência no Brasil
O mercado reagiu positivamente hoje a medidas de estímulo à economia. Ontem à noite, o governo brasileiro anunciou a antecipação do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o que deve injetar R$ 23 bilhões na economia.
O Ministério da Economia também afirmou que vai propor a redução do limite da taxa de juros para empréstimos consignados em folha de pagamento dos beneficiários do INSS. Na prática, isso deixaria os empréstimos mais baratos.
Hoje, declarações do ministro Paulo Guedes aumentaram a expectativa de novas medidas nos próximos dias. Guedes não descartou liberar novos de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e retardar o recolhimento de impostos sobre a folha de pagamentos para dar fôlego a empresas.
Na mesa da equipe econômica também está a análise do que pode eventualmente ser feito em relação a recursos não sacados de Pis/Pasep. Segundo o ministro, as soluções em questão não ameaçam a busca por equilíbrio fiscal.
O ministro rebate declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia disse ontem que o plano de Guedes tem "quase nada" para combater crise do coronavírus. O ministro afirmou que ainda está formulando um pacote anticoronavírus, mas que é necessário que o Congresso também se debruce sobre as reformas que já foram enviadas pelo Executivo.
Bolsonaro não tem coronavírus
O mercado acompanhava também as informações sobre os testes de coronavírus no presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que teve resultado negativo, segundo o próprio presidente.
Um secretário que viajou com o presidente aos Estados Unidos teve confirmada infecção pelo covid-19.
Trump declara emergência
Nos EUA, Donald Trump anunciou estado de emergência, liberando US$ 50 bilhões em fundos federais para o combate à pandemia de coronavírus, em rápida expansão.
Ele convocou todos os estados a criar centros de operações de emergência e disse que o governo está acelerando os testes, em meio a críticas à falta de kits de testes em todo o país.
(Com Reuters)
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