Após 4 altas, dólar tem maior queda em 3 semanas, a R$ 5,51; Bolsa sobe
O dólar comercial quebrou uma sequência de quatro altas e fechou em queda de 1,38%, vendido a R$ 5,51. É a maior queda diária desde em mais de três semanas, desde 1º de setembro (-1,75%).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 1,33%, a 97.012,07 pontos. Ontem (23), o índice encerrou com desvalorização de 1,6%, a 95.734,820 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ação do Tesouro agrada investidores
Nesta quinta-feira, o Tesouro Nacional anunciou volumes e disposição de vencimentos de títulos públicos para leilão que agradaram a investidores.
O Tesouro reduziu a oferta de LFT (título com rentabilidade atrelada à Selic) para 100 mil papéis, ante 500 mil de operações recentes, e elevou a disponibilidade de NTN-F (com juros prefixados) —ativo com tradicional demanda de estrangeiros— de curto prazo.
No geral, o ajuste feito pelo Tesouro foi elogiado, depois de leilões recentes em que os volumes e disposição dos lotes causaram instabilidade no mercado de renda fixa.
Alguns analistas afirmam que o nível baixo da Selic, de 2% ao ano, tem contribuído para a pressão no mercado de renda fixa, elevando temores sobre liquidez no sistema em meio a sinais de alta na inflação.
Incerteza ainda é grande
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira que, ao condicionar o compromisso de não elevar os juros à manutenção do atual regime fiscal, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que não está disposto a correr riscos nesse campo.
"O ponto-chave é que existe muita volatilidade derivada de um nível de incerteza grande", disse à agência de notícias Reuters Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Haitong. Ele citou uma desaceleração na compra de dólares nesta manhã, depois da disparada registrada na véspera, mas destacou que "ainda há um sentimento de cautela tanto doméstica quanto internacional em meio a risco de uma segunda onda de covid".
"A rapidez na valorização reflete o risco exterior, e com o risco fiscal local tudo é exacerbado", disse Serrano.
O principal temor dos investidores domésticos gira em torno do teto de gastos, já que há dúvidas sobre como o governo Jair Bolsonaro financiaria um programa de assistência social sem aumentar o rombo nas contas públicas.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou na quarta-feira que a gestão irá manter o teto de gastos e o rigor fiscal e que não haverá propostas para aumentar carga tributária.
*Com Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.