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Bolsa fecha em queda de 0,72% com expectativa sobre Selic; dólar cai 0,36%

Getty Images/iStock
Imagem: Getty Images/iStock

Do UOL, em São Paulo

16/03/2021 17h32Atualizada em 16/03/2021 18h43

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, e o dólar fecharam em queda hoje (16), após terem alta no dia anterior. A Bolsa teve desvalorização de 0,72% aos 114.018,78 pontos, com investidores na expectativa sobre uma possível alta na taxa básica de juros (Selic) pelo BC (Banco Central).

As ações da Usiminas lideraram os ganhos no dia, com 8,55% de alta. Na outra ponta, os papéis da CVC caíram 7,46%. Ontem (15), o índice teve valorização de 0,60% aos 114.850,74 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje em queda de 0,36% ante o real, cotado a R$ 5,619 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (15), a moeda norte-americana teve alta de 1,44% ante o real, cotado a R$ 5,639 na venda, após acumular queda de 2,18% na semana passada.

Os agentes do mercado monitoram os desdobramentos políticos envolvendo o ministério da Saúde, que trocou de ministro ontem, enquanto aguardavam as decisões de política monetária do Banco Central e do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Segundo Thayná Vieira, analista da Toro Investimentos, chamava a atenção dos investidores nesta terça-feira a escolha do médico cardiologista Marcelo Queiroga para assumir o ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello, a terceira troca de cargo em menos de um ano no posto e que ocorre no pior momento da pandemia de coronavírus do país.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o nome de Queiroga ao final de um dia em que outra sondada, a médica Ludhmila Hajjar, havia rejeitado assumir o cargo. Bolsonaro disse que Queiroga vai dar continuidade ao trabalho de Pazuello e que agora o governo vai para uma atuação "mais agressiva" contra a covid-19.

Ao mesmo tempo, os investidores ficavam atentos à reunião de política monetária do Banco Central, que será concluída na quarta-feira, em meio a ampla expectativa dos investidores de elevação da taxa Selic.

Uma pesquisa da Reuters com analistas mostrou que a autarquia deve promover um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros básicos, o que marcaria a primeira alta da taxa em quase seis anos e o início de um ciclo de aperto monetário para enfrentar a alta da inflação, o aprofundamento da incerteza fiscal e uma taxa de câmbio fraca.

A elevação da Selic tende a tornar alguns rendimentos domésticos mais atraentes, o que pode chamar maiores entradas de capital e, consequentemente, favorecer a moeda doméstica.

Também na quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos encerrará sua reunião de política monetária de dois dias, e Vieira disse que os investidores ficarão atentos principalmente a comentários do Federal Reserve sobre a alta recente dos rendimentos dos títulos do governo dos EUA de longo prazo, que têm refletido expectativas de aceleração da inflação na maior economia do mundo. A maior parte dos analistas acredita que o Fed vai deixar sua taxa de juros inalterada.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, a instabilidade do real ante o dólar é resultado de um cenário doméstico recheado de incertezas, que vão dos atrasos na agenda de reformas do governo ao recrudescimento da pandemia, e que afetam a confiança do investidor estrangeiro no Brasil.

"O investidor é primordial para a economia do Brasil, e quem vai investir aqui quer ter certezas" explicou ele à Reuters. "O mercado fica à mercê de medidas mais restritivas (de combate à pandemia), da politização da crise sanitária... E a agenda de reformas está parada; a gente vai ficando para trás", disse Galhardo à Reuters, citando também a incerteza representada pelos temores de intervenção do governo em empresas.

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(Com Reuters)

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