Dólar tem terceira queda consecutiva e fecha a R$ 5,628; Bolsa sobe 0,34%
Com investidores de olho no cenário doméstico, o dólar emendou hoje sua terceira queda consecutiva, fechando o dia cotado a R$ 5,628 na venda, uma desvalorização de 0,75%. Fazia quase um mês que a moeda americana não acumulava pelo menos três baixas seguidas — a última vez foi entre 16 e 19 de março.
Em abril, o dólar se manteve praticamente estável, tendo registrado leve desvalorização de 0,01% frente ao real. No ano, porém, a moeda acumula alta de 8,47%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Já o Ibovespa somou hoje sua quarta alta consecutiva, encerrando a sessão aos 120.700,67 pontos, uma variação de 0,34% em relação a ontem. No mês, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) já subiu 3,49%; em 2021, a alta é mais modesta: 1,41%.
Hoje, os papéis da Hering (HGTX3) lideraram entre as mais valorizadas, subindo 28,13%, sendo negociadas a R$ 21,91. Já as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) tiveram a maior queda do dia, com perda de 5,08% em relação a ontem.
Mercado de olho em projeto da LDO
As atenções do mercado foram voltadas para a apresentação pelo governo do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, que estabelece os parâmetros para o Orçamento do ano que vem, incluindo uma meta fiscal. Entre os pontos mais importantes, estão a proposta da equipe econômica para o salário mínimo: R$ 1.147, sem aumento real pelo terceiro ano seguido.
O foco ainda é mais destacado porque o país nem sequer resolveu o impasse em torno do Orçamento de 2021, com o mercado recebendo diariamente informações sobre novas propostas discutidas no governo para resolver o imbróglio — e que, até aqui, têm desagradado investidores.
Analistas e o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconhecem o peso da preocupação fiscal nos preços do dólar, que nos atuais patamares faz do real a moeda mais barata no mundo, segundo o Deutsche Bank.
"No curto prazo, o principal risco a ser monitorado são as despesas fora do teto de gastos em medidas para a covid-19", disseram à Reuters Mansueto Almeida (ex-secretário do Tesouro Nacional) e Fabio Serrano, do BTG Pactual.
"A médio prazo, um ponto central em nossas simulações é o cumprimento do teto de gastos. Os eventos recentes mostraram explicitamente a existência de pressões políticas para encontrar formas de contornar o instrumento, o que pode piorar rapidamente a trajetória do ajuste fiscal."
(Com Reuters)
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