Dólar cai a R$ 5,362 e atinge menor valor desde fevereiro; Bolsa sobe 1,39%
Com investidores atentos ao Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos), o dólar terminou o dia em queda de 1,82%, cotado a R$ 5,362 na venda. É o menor valor de fechamento para a moeda americana desde 2 de fevereiro, quando encerrou a sessão aos R$ 5,355.
Esse movimento de queda do dólar frente ao real acompanhou o comportamento da moeda americana frente outras divisas emergentes, como o peso mexicano, o peso chileno, a lira turca e o rand sul-africano,
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou alta de 1,39%, aos 121.052,52 pontos, recuperando-se da queda de 1% alcançada no pregão de ontem.
As ações do Santander (SANB11) lideraram as altas do Ibovespa, com valorização de 8,06% na sessão. O destaque negativo, em contrapartida, ficou com a JBS (JBSS3), que registrou queda de 6,14%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Atenção ao Fed
Hoje, os olhos do mercado estavam voltados à reunião de política monetária do Fed, em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) decidiu não mexer nos juros, nem em seu programa mensal de compra de títulos. O banco reconheceu a força crescente da economia dos EUA, mas não deu qualquer sinal de que está pronto para começar a reduzir seu apoio à recuperação.
"Há entre os investidores a visão de que está surgindo uma pressão inflacionária nos EUA, e que a economia está dando fortes sinais de recuperação, mas o Fed ainda deve manter o tom bastante 'dovish' [juros baixos para aquecer a economia]", disse à Reuters Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua Investimentos.
Vários analistas defendem que a perspectiva de juros baixos por mais tempo nos EUA tende a favorecer o apetite por ativos mais arriscados, uma vez que os investidores passam a buscar rendimentos mais elevados em outros países.
Enquanto isso, "fatores internos no curto prazo podem levar a um câmbio mais depreciado", ainda segundo Netto. Entre os ruídos domésticos, ele destacou a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid e a escolha do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator, que já sinalizou que não deve pegar leve com o governo federal no decorrer dos trabalhos.
Em segundo plano, ficou a notícia de mudanças no Ministério da Economia, anunciadas ontem por Paulo Guedes. O ministro negou ter havido pressão política para a saída de Waldery Rodrigues do cargo de secretário especial da Fazenda, agora ocupado por Bruno Funchal, e destacou o "desgaste natural" como um dos fatores para as alterações.
(Com Reuters)
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