Dólar cai a R$ 5,337, menor valor desde janeiro; Bolsa também tem queda
Um dia após bater sua mínima desde fevereiro, o dólar emendou sua segunda queda consecutiva, hoje de 0,47%, fechando o dia cotado a R$ 5,337 na venda. É o menor valor de fechamento para a moeda americana desde 26 de janeiro, quando encerrou a sessão aos R$ 5,327.
Só nesta semana o dólar acumula baixa de 2,93%, que responde por mais da metade da desvalorização de todo o mês de abril — 5,19%.
O Ibovespa, por sua vez, terminou o dia em queda de 0,82%, aos 120.065,75 pontos, contrastando com a alta de 1,39% registrada ontem. A semana é negativa para o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), que soma baixa de 0,39% desde segunda-feira (26).
Destaque positivo para as ações da B2W Digital (BTOW3), que subiram 7,69% no pregão, e negativo para os das Lojas Americanas (LAME4), que caíram 5,17%. Ontem, as duas empresas anunciaram um acordo de fusão, abrindo caminho para uma eventual listagem nos Estados Unidos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
EUA no radar
Investidores ainda reagiam à promessa do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) de manter sua política monetária flexível. Ontem, após reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), o banco reconheceu a força crescente da economia dos EUA, mas não deu qualquer sinal de que está pronto para começar a reduzir seu apoio à recuperação.
"Apesar de esperada, a decisão foi bem recebida pelo mercado, já que prolonga o ritmo de estímulos na economia americana", explicaram analistas da XP Investimentos à Reuters.
Também esteve no radar a notícia de que o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 6,4% no trimestre passado, a segunda maior alta registrada desde o terceiro trimestre de 2003.
As evidências de retomada econômica vêm um dia após o presidente dos EUA, Joe Biden, propor um novo plano de US$ 1,8 trilhão para ajudar famílias mais vulneráveis e investir em infraestrutura. Juntas, todas as suas propostas já somam US$ 4 trilhões.
Emprego no Brasil
No Brasil, investidores chamavam a atenção para os recentes dados econômicos, que, aliados a algum alívio na frente fiscal após a sanção do Orçamento de 2021, poderiam ser fator de alívio para o real no curto prazo.
O balanço do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado ontem apontou a criação de mais de 184 mil vagas de emprego formais no Brasil em março — o que reforça a visão de que "a piora da atividade econômica é temporária", segundo o Bradesco.
(Com Reuters)
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