Dólar tem 4ª alta, a R$ 5,517, maior valor desde abril; Bolsa fica estável
Depois de fechar quase estável na última sessão, o dólar terminou a quinta-feira (7) em alta de 0,57%, cotado a R$ 5,517 na venda, emendando o quarto dia seguido de ganhos frente ao real. Valor é o maior alcançado pela moeda americana em mais de cinco meses, desde 20 de abril, quando bateu os R$ 5,551.
Já o Ibovespa chegou a seu terceiro pregão consecutivo de estabilidade, tendo registrado leve alta de 0,02%, aos 110.585,43 pontos — mantendo-se na casa dos 110 mil pontos pelo quarto dia. Na semana, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) acumula baixa de 2,05%.
Com o desempenho de hoje, o dólar agora soma valorização de 6,33% frente ao real em 2021. O Ibovespa, em contrapartida, registra queda de 7,08% desde o início do ano.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Nem EUA ajudaram real
As persistentes incertezas internacionais e domésticas ofuscaram as esperanças de que pelo menos um dos problemas que têm preocupado os os investidores nas últimas semanas — a crise do teto da dívida dos Estados Unidos — será resolvido.
Autoridades americanas têm alertado para a importância de elevar o teto antes de o país ficar sem dinheiro, mas parlamentares republicanos, de oposição ao governo de Joe Biden, têm demonstrado resistência em flexibilizá-lo. Hoje, no entanto, o principal representante do partido no Senado, Mitch McConnell, propôs uma extensão do teto da dívida até dezembro, aliviando momentaneamente o estresse.
"De forma geral, contudo, ainda vejo um cenário econômico desafiador, que deverá manter os mercados com elevada volatilidade", disse em blog Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, citando como fatores de influência a inflação alta em todo o mundo, a expectativa de redução de estímulos nas principais economias e sinais de acomodação do crescimento.
Todas essas variáveis têm prejudicado o desempenho de ativos mais arriscados — como a moeda brasileira — nas últimas semanas.
Por aqui, mesmas pendências
No Brasil, "o investidor deve seguir acompanhando discussões em torno das mesmas pendências das últimas semanas em Brasília", disse em nota Victor Beyruti, da equipe econômica da Guide Investimentos, mencionando pautas como a PEC dos Precatórios, a reforma do Imposto de Renda e o debate em torno da prorrogação do auxílio emergencial para a população.
A falta de recursos dentro do teto de gastos brasileiro tem sido motivo constante de preocupação para os investidores locais, e foi apontada pelo Citi como o principal fator para a desvalorização do real.
(Com Reuters)
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