Dólar interrompe altas e cai para R$ 5,134; Bolsa emenda 4ª queda
O dólar apresentou baixa de 0,44% e ficou cotado a R$ 5,134 na venda nesta terça-feira (10), após emendar três sessões em valorização. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), teve uma leve perda, de 0,14% e encerrou aos 103.109,94 pontos — essa é a quarta redução seguida.
Hoje investidores continuaram monitorando uma possível intensificação do aperto monetário nos Estados Unidos e uma desaceleração econômica global, resultando na variação dos índices.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Cenário desafiador
Apesar de o clima mais ameno na última segunda-feira, que participantes do mercado atribuíram a ajustes à medida que operadores realizavam lucros sobre os movimentos recentes, o "cenário internacional deverá continuar desafiador", disseram em relatório analistas da Genial Investimentos.
"As exportações chinesas mostram desaceleração, a guerra no leste europeu dá sinais de estagnação e as dúvidas quanto à política monetária nos Estados Unidos continuam, o que indica que a volatilidade e o mau humor devem continuar a dominar o cenário no curto prazo."
Em meio a expectativas de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) adotará ajuste de 0,75 ponto percentual nos juros em seu próximo encontro, em junho, muitos investidores chamavam a atenção para discursos de dirigentes do Banco Central ao longo desta terça-feira. Sinalizações mais hawkish, ou duras no combate à inflação, das autoridades tendem a beneficiar o dólar.
Enquanto isso, no Brasil, investidores digeriam a ata da última reunião de política monetária do Banco Central, em que a autarquia repetiu sinalização anterior de que vai promover alta inferior a 1 ponto percentual nos juros em seu próximo encontro e alertou para riscos econômicos e uma deterioração inflacionária.
No geral, a avaliação de investidores foi de que o documento —referente a encontro da semana passada, em que a Selic chegou a 12,75%— não trouxe grandes surpresas ou detalhes sobre os próximos passos de política monetária da autarquia.
"A sensação que o mercado vai ter é que o Copom continua atrás da curva com relação à inflação", disse Thomas Giuberti, economista e sócio da Golden Investimentos, acrescentando que operadores podem começar a questionar a perspectiva do BC de que a Selic chegará a um dígito até o final de 2023.
*Com Reuters
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