Vendia semijoia para complementar renda de R$ 1.300, e hoje fatura R$ 12 mi
Quando Elisângela Machado, 44, começou a comprar e revender peças folheadas a ouro e prata para complementar o seu salário de R$ 1.300 que ganhava como balconista, ela não imaginava que a atividade daria tão certo e que passaria a ser a principal fonte de renda da família.
O pequeno negócio, que se resumia à venda de peças para conhecidos da cidade de Duque de Caxias (RJ), virou a rede Mapa da Mina, de semijoias folheadas a ouro e prata, que faturou R$ 12 milhões no ano passado. Hoje, a empresa tem uma fábrica para produzir as suas próprias peças e 15 lojas (quatro próprias e 11 franquias).
Elisângela começou o negócio sozinha, em 1994. Em alguns meses, ela já contava com uma rede com 10 revendedoras, que comercializavam as peças em mostruários que levavam na bolsa. Seu marido, Jamil Machado, 49, também ajudava a escolher as peças e a montar os kits de venda.
"Eu tinha um amigo que vendia semijoias na cidade vizinha. A procura era tão grande que ele começou a contratar revendedoras. Como eu sempre gostei de vender e de conversar com as pessoas, achei que poderia ter sucesso fazendo o mesmo trabalho na minha cidade. Por isso resolvi investir."
No ano seguinte, com um investimento que equivale hoje a R$ 50 mil, ela e o marido abriram a primeira loja. Quando inauguraram a segunda unidade, em 1999, o marido saiu do emprego de técnico de informática para ajudá-la a tocar o negócio.
Franquia custa a partir de R$ 50 mil
Em 2014, a empresa virou franquia e começou a comercializar lojas e quiosques. Confira os dados de investimento e faturamento fornecidos pela empresa:
Express
São torres que podem ser montadas em salão de beleza ou em outras lojas maiores. O modelo foi lançado na 26ª ABF Franchising Expo 2017, realizada neste mês. Ainda não há unidades comercializadas. O faturamento e o retorno do investimento são estimativas dadas pela empresa.
- Investimento inicial: R$ 50 mil (taxa de franquia e custo de instalação. Não exige capital de giro)
- Faturamento médio mensal: R$ 20 mil
- Lucro médio mensal: R$ 4.600 (23% do valor do faturamento)
- Prazo de retorno do investimento: a partir de 12 meses
Quiosque
- Investimento inicial: R$ 100 mil (inclui capital de giro, taxa de franquia e custo de instalação)
- Faturamento médio mensal: R$ 35 mil
- Lucro médio mensal: R$ 5.250 (15% do valor do faturamento)
- Prazo de retorno do investimento: em até 24 meses
Loja
- Investimento inicial: R$ 150 mil (inclui capital de giro, taxa de franquia e custo de instalação)
- Faturamento médio mensal: R$ 70 mil
- Lucro médio mensal: R$ 10,5 mil (15% do valor do faturamento)
- Prazo de retorno do investimento: a partir de 18 meses
Fábrica produz 800 mil peças por ano
Segundo Jamil, a fábrica do casal produz cerca de 800 mil peças por ano, como colares, brincos, pingentes, anéis e pulseiras.
O produto mais barato é um brinco de bolinha (R$ 4,50). O mais caro é uma gargantilha de coração com pedras (R$ 141,90).
Semijoias tem público cativo
Segundo Ana Vecchi, sócia-diretora da Vecchi Ancona - Inteligência Estratégica, o segmento de joias, semijoias e bijuteria fina tem um bom desempenho mesmo em época de crise. "É um público que gosta de novidades e que não deixa de comprar em períodos de crise."
Vecchi afirma também que as torres com semijoias, que são o novo modelo de negócio da empresa, já vêm sendo utilizadas por outras redes e têm se mostrado bem atrativas. "É comum encontrar essas torres em salões de beleza ou em lojas maiores, e o que se vê é que os empreendedores conseguem vender bem."
A especialista diz, no entanto, que qualquer franquia precisa ser avaliada com muita cautela antes de fechar o negócio. "É preciso fazer um estudo sobre a viabilidade dos valores que a franquia está vendendo, para não ter uma surpresa desagradável depois. Principalmente quando há um novo modelo de negócio que ainda não foi comercializado."
Onde encontrar:
Mapa da Mina - http://www.mapadamina.com.br/
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