Fazer book de cão, coruja e cobra para anúncio rende cachê de até R$ 15 mil
Fazer um book de fotos e vídeos para o seu bichinho de estimação, como se ele fosse um modelo profissional, é a proposta da Pet Model Brasil.
A partir das fotos e vídeos, os bichos podem ser contratados para fazer campanhas publicitárias. Valem bichos domésticos, como cães, mas também outros, como corujas e cobras. O cachê recebido chega até a R$ 15 mil.
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Todo o processo é feito pela internet. Segundo Deborah Zeigelboim, diretora da empresa, criada em 2009, a ideia veio da Inglaterra, onde ela morou por dois anos e meio.
Retornou ao Brasil em 2007 e, em 2009, abriu a Pet Model. “Quis oferecer uma ferramenta nova no mercado”, diz. Os valores de investimento inicial, faturamento e lucro não foram divulgados.
Preços do serviço
Para cadastrar o animal, é necessário o preenchimento de um formulário, com dados dele (nome, espécie, raça, características) e do tutor. Depois, é feita uma análise do comportamento, para saber se o pet tem condição de participar do trabalho.
Uma vez aprovado, paga-se uma taxa anual para fazer o book: R$ 60 (plano básico, de 12 meses de exposição no site, com 10 fotos e um vídeo), R$ 100 (plano econômico, de dois anos, mais a cessão de 15 fotos e três vídeos) ou R$ 150 (plano premium, por três anos, e 20 fotos e três vídeos). O portfólio fica no site, à disposição dos contratantes.
Além disso, a empresa ganha um percentual sobre o valor pago pelos anúncios para os quais os bichos forem contratados.
Hoje, são 612 clientes, em mais de 150 cidades no Brasil. Para ter controle sobre todos, a Pet Model Brasil conta com parceiros em cada local.
Entre as centenas de bichos inscritos, há cachorros, gatos, pássaros, coelhos, corujas, búfalos, cobras, cavalo, gaviões, chinchilas, patos, araras-azuis e miniporcos. Animais silvestres precisam ter autorização do Ibama.
Cachês de R$ 250 a R$ 15 mil
Quando escolhidos para fazer anúncios, os pets recebem cachês de R$ 250 a R$ 15 mil, de acordo com espécie, porte, grau de dificuldade no entendimento de comandos, tipo do trabalho (publicidade, corporativo, eventos), tempo de veiculação e cidade onde será a produção.
A empresa fica com 15% a 35% desse cachê, variando segundo os itens citados acima. O transporte ao local da produção é responsabilidade dos tutores.
Se o perfil não for selecionado, são oferecidos produtos de parceiros, para amenizar a decepção dos donos: booking fotográfico, aulas de adestramento, consultas veterinárias, banho e tosa. “Sempre deixamos claro que não somos nós que selecionamos”, afirma Deborah Zeigelboim.
Proteção aos animais
Durante as gravações, algumas medidas são adotadas para que o bem-estar e a segurança dos animais sejam preservados: tempo (não pode passar de seis horas), água e respeito ao comportamento. “É como se lidássemos com crianças de três anos. Chega uma hora que eles ficam impacientes”, diz a diretora.
Negócio é bom, mas concorrência é risco
Na opinião de Alessandra Ferreira de Andrade, coordenadora do Centro de Empreendedorismo da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), o negócio tende a crescer. O que pesa contra, segundo ela, é o fato de a concorrência enxergar na empresa uma oportunidade.
“O mercado pet é o que mais cresce no Brasil. Por isso, essa demanda (de propagandas) aumentará. Só que eles podem facilmente ser copiados. Precisam ficar ligados nisso.”
Onde encontrar:
Pet Model Brasil – www.petmodelbrasil.com
(Edição de texto: Armando Pereira Filho)
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