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Construtora atende famílias de baixa renda com apartamentos por R$ 150 mil

Bruno Sindona é o CEO da Construtora Sindona - Divulgação
Bruno Sindona é o CEO da Construtora Sindona Imagem: Divulgação

Tiago Abech

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/10/2018 04h00

A trajetória de Bruno Sindona, 29, na construção civil começou com uma falência em 2008. Naquele ano, a incorporadora que havia adquirido um terreno da família de Bruno em Osasco, na Grande São Paulo, em troca de um apartamento no edifício que seria erguido no local, faliu. As pessoas que haviam comprado unidades resolveram invadir o prédio inacabado.

Bruno e o pai, que tinha um salão de cabeleireiro e um estacionamento, decidiram usar as economias e concluir a obra. Em 2009, entregaram o Edifício Bela Vista, com 32 apartamentos. Foi o primeiro empreendimento da nova Construtora Sindona.

"A experiência nos mostrou que era possível construir imóveis de qualidade a preços baixos", afirmou Bruno, que é o CEO da empresa.

Os preços vão de R$ 150 mil (48 metros quadrados) a R$ 250 mil (83 metros quadrados). O público-alvo é a classe C. São famílias que querem comprar um imóvel para fugir do aluguel, e não para investir. Os apartamentos são mais simples, mas com comodidades, como varanda com churrasqueira.

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O financiamento é feito por bancos parceiros. A renda mínima varia de acordo com a exigência de cada banco. A Sindona trabalha com o Minha Casa, Minha Vida.

Construtora não terceiriza mão de obra

Bruno explica que, para isso, a Sindona participa de todo o processo: do projeto à entrega.

"Temos funcionários efetivos, bem treinados e adaptados à nossa rotina de trabalho. Assim, não corremos o risco de, no meio de um empreendimento, ficar sem operário que, se fosse terceirizado, por exemplo, poderia trocar a nossa obra por outra. Isso comprometeria o cronograma e geraria prejuízo."

Ele disse que o dinheiro economizado com a dispensa de contratação de prestadores de serviço é investido na qualificação dos colaboradores e dos materiais de construção. Os blocos de concreto são fabricados pela própria incorporadora.

Empresa faturou R$ 25 milhões no ano passado

Bruno e o pai investiram R$ 150 mil para constituir a Sindona, que faturou R$ 25 milhões no ano passado. O lucro não é revelado. A construtora, que começou com duas pessoas, hoje tem 150 funcionários e, até o fim deste ano, prevê alcançar a marca de mil apartamentos entregues. Até agora, construiu quatro prédios.

A empresa atua apenas em Osasco, mas tem planos de incluir Carapicuíba (SP).

Construtora precisa estar atenta às inovações do setor

O gerente do Sebrae-SP Alexandre Robazza disse que a construtora deve estar constantemente levantando informações sobre seus clientes potenciais. Isso porque, segundo ele, "as necessidades não são estáticas: elas evoluem junto às relações sociais e criam outras percepções e necessidades."

Robazza se refere a tecnologias aplicadas à construção, como automação. "O cliente potencial passará a conhecer e valorizar essas tecnologias e, certamente, terá muito interesse nelas", afirmou o gerente do Sebrae-SP.

Onde encontrar:

Construtora Sindona - http://www.sindonaincorporadora.com.br/

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