Quanto é possível ganhar investindo R$ 1.000 em fundos imobiliários?

Você tem ideia de quanto dinheiro é possível ganhar investindo em fundos imobiliários ao longo dos próximos 12 meses?

Na coluna de hoje eu trago simulações para uma aplicação inicial de R$ 1.000 nos fundos imobiliários mais negociados do país.

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Retorno aproximado: R$ 120

O retorno do investimento em fundos imobiliários tende a ficar em torno de 12% nos próximos 12 meses, se esses ativos continuarem distribuindo proventos no mesmo ritmo do ano passado.

Os 12% são a mediana do retorno dos cem fundos de investimento imobiliário (FIIs) mais negociados do país. Ou seja, metade desses ativos terá um retorno maior do que 12% em 2023, e a outra metade, menor, se eles mantiverem o ritmo de distribuição de proventos.

Dessa forma, considerando um retorno de 12%, uma aplicação de R$ 1.000 em um FII hoje geraria um ganho de R$ 120 distribuídos ao longo dos próximos 12 meses.

Os dez fundos imobiliários mais rentáveis

Aquele foi o retorno mediano dos cem fundos mais negociados. Mas e se considerarmos apenas os dez FIIs mais rentáveis? Qual seria o ganho, para um investimento de R$ 1.000? Veja abaixo.

1. RZAK11: R$ 183
2. NCHB11: R$ 181
3. URPR11: R$ 180
4. CACR11: R$ 167
5. ARCT11: R$ 166
6. RBHY11: R$ 164
7. HCTR11: R$ 164
8. RZTR11: R$ 163
9. PORD11: R$ 162
10. VGHF11: R$ 161

Investindo R$ 1.000 no fundo negociado pelo código RZAK11, a tendência é receber R$ 183 ao longo dos próximos 12 meses, se esse ativo mantiver o ritmo atual de remuneração aos cotistas.

Com isso, o RZAK11 é atualmente o FII com maior retorno em dividendos (DY, na sigla em inglês) atualmente.

Fundos mais rentáveis têm risco maior

Essa lista dos dez fundos com maior retorno em dividendos deve ser lida com cuidado, pois, em geral, quanto maior é a expectativa de rendimento, maior é o risco do ativo.

Não há nenhuma garantia de que esses FIIs continuarão distribuindo proventos no mesmo ritmo. Eles podem reduzir esse ritmo ou até aumentar.

Isso vale para qualquer fundo imobiliário, mas é preciso entender por que os mais rentáveis são mais arriscados. O principal motivo é que os mais rentáveis, em geral, são fundos que investem em dívidas imobiliárias de risco maior.

Ao investir nesses fundos, você se torna credor, indiretamente, de pessoas ou empresas que financiaram um imóvel. Existem devedores com maior probabilidade de honrar seus compromissos, e outros com menor probabilidade. De modo geral, os fundos mais rentáveis são aqueles mais expostos a credores com probabilidade menor de pagar.

Se esses devedores ficarem inadimplentes, a tendência é que o rendimento distribuído por esses fundos diminua. Antes de investir, portanto, é importante saber qual é o nível de risco desses contratos.

Os dois tipos de risco dos fundos imobiliários

Existem duas formas de ganhar dinheiro com fundos imobiliários. Uma é com os rendimentos. Uma vez que você investe em um FII, passa a receber um valor todo mês na sua conta bancária, que é chamado rendimento ou provento - ou, ainda, dividendo.

A outra forma de ganhar com um FII é com o aumento do preço da cota. Por exemplo, você pode comprar uma cota de um fundo por R$ 100 hoje; daqui a um mês, essa mesma cota pode estar valendo R$ 110. Se você vendê-la, ganhará R$ 10, menos o Imposto de Renda.

Pela mesma lógica, existem também dois tipos de risco ao investir em um FII. Um deles é o de que o rendimento diminua. Hoje um fundo pode estar distribuindo aos cotistas R$ 1 por cota; no mês que vem, o valor pode estar em R$ 0,90.

O outro tipo de risco se refere ao preço da cota. Se você pagou R$ 100 em uma cota, nada garante que daqui a um tempo ela não esteja valendo R$ 90 ou menos.

A ideia dessa lista, portanto, não é que você necessariamente invista nesses fundos, e sim que saiba quanto pode ganhar, aproximadamente, caso esteja interessado em assumir esse risco.

Como lidar com os riscos

Existem basicamente duas formas de você reduzir significativamente as chances de perda com fundos imobiliários. A primeira é estudar cada FII em que você for aplicar. Isso ajuda a saber se o ritmo de distribuição de proventos é sustentável a longo prazo.

A outra forma é diversificando os investimentos. Dessa forma, se ocorrer algum problema grave com um dos seus fundos, a perda não será significativa, pois você terá outros na carteira para compensar.

Alguma dúvida?

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