O que muitos investidores querem é aproveitar a taxa Selic alta (13,75% ao ano) para ter maior rentabilidade na renda fixa. Mas quais títulos comprar para aproveitar esse cenário de juros altos?
No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, a planejadora financeira Vívian Rodrigues afirma que, na hora de investir, não é apenas com a taxa de juros que você deve se preocupar. Para ela, você deve levar em consideração a rentabilidade do título e também outro fator, para não perder o poder de compra.
Ela mostra também quais cuidados tomar para não perder dinheiro.
Leia abaixo a análise da planejadora financeira e assista ao programa completo, que é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e transmitido semanalmente, às quintas-feiras, das 16h às 17h.
Para também ter sua dúvida respondida no programa, envie sua questão para o Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br.
O que saber sobre investimentos:
- Há dois grandes grupos de investimento: renda fixa e renda variável.
- Na renda fixa, os investimentos têm mais previsibilidade de rentabilidade.
- Na renda variável, os investimentos têm riscos maiores e sofrem com a volatilidade.
Entenda bem o que você está fazendo, antes de dar os primeiros passos, para garantir que você está tomando decisões alinhadas com o seu perfil de investidor e com o seu momento financeiro.
Vívian Rodrigues, planejadora financeira
Com Selic alta, qual o melhor produto do Tesouro Direto para acumular patrimônio?
Os produtos do Tesouro Direto têm três tipos de rentabilidade:
- Tesouro Selic: É o título que sofre um impacto maior com a variação da taxa Selic. Ele paga a Selic mais um bônus. "Hoje, a taxa Selic está alta [13,75% ao ano], mas se a taxa cair, o rendimento do título vai cair junto. Então, você consegue aproveitar essa rentabilidade mais alta, enquanto a Selic estiver mais alta", diz Vívian.
- Tesouro Prefixado: O título tem a rentabilidade garantida pelo período contratado, independente da taxa Selic. "É natural que, quando a taxa Selic está mais alta, geralmente o título prefixado tende a ter uma rentabilidade mais alta também. Mas, a partir do momento em que você investe neste título, você garante a rentabilidade contratada durante todo o período", afirma.
- Tesouro IPCA: O título garante uma rentabilidade acima da inflação. Hoje, ele está pagando por volta de 6% acima da inflação. "Independente do que aconteça com a Selic, a rentabilidade está acima da inflação. Se a inflação subir para 10% ao ano, esse título paga 16%", diz Vívian.
Segundo ela, hoje, os títulos prefixados disponíveis estão com rentabilidade abaixo da taxa Selic.
Todo cuidado com esses títulos prefixados, porque eles parecem atrativos em um primeiro momento, mas têm esse risco de rentabilidade.
Vívian Rodrigues, planejadora financeira
Para ela, outro ponto a ser analisado é a inflação. "Se a inflação sobe muito, e esse prefixado tem taxa fixa, há uma redução da rentabilidade real [acima da inflação]", afirma.
Vale ressaltar que as condições de investimentos citadas aqui são referentes ao dia 12 de janeiro. As taxas podem variar de um dia para o outro.
Qual título escolher:
- Tesouro Selic: Você não consegue aproveitar esse momento de alta da Selic por um período longo, já que a taxa pode cair.
- Prefixado: Você assume determinado risco em relação ao que vai acontecer com a inflação no período.
- Tesouro IPCA: Você garante uma rentabilidade real (acima da inflação) por todo o período.
Pensando em acúmulo de patrimônio, o investimento deve ser de médio e longo prazo; daí a preocupação com a inflação. Por isso, eu olharia com mais atenção para o Tesouro IPCA.
Vívian Rodrigues, planejadora financeira
Cuidado com a marcação a mercado. Vívian afirma que, para garantir a rentabilidade de um título, vale respeitar o prazo de vencimento. Você pode resgatar o dinheiro antes, mas estará sujeito à marcação a mercado, com um taxa melhor ou pior que a contratada.
Fique atento ao prazo de vencimento, porque é nesse ponto final que você garante a rentabilidade contratada.
Vívian Rodrigues, planejadora financeira
Onde investir na renda fixa para o médio prazo (de 2 a 5 anos)
Ao comprar títulos da renda fixa, você está emprestando dinheiro a alguém.
- Tesouro Direto: Você empresta dinheiro ao governo. Hoje, há duas opções de título com prazo inferior a cinco anos: Tesouro Selic 2026 e Tesouro Prefixado 2026. Os demais são acima de cinco anos.
- CDBs, LCIs, LCAs: Você empresta dinheiro a bancos. "Há muito mais opções com esse prazo mais curto, entre dois e cinco anos", diz Vívian. Você investe via bancos ou corretoras. São títulos protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
- CRIs, CRAs, debêntures: Você empresta dinheiro a empresas.
Papo com Especialista é semanal
O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, semanalmente, das 16h às 17h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.
Você pode enviar perguntas ao Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.
Quer investir melhor? Receba dicas em seu email
Você quer aprender a ganhar dinheiro com segurança em investimentos no curto, médio e longo prazo, mesmo que nunca tenha investido?
A página de investimentos do UOL tem uma newsletter gratuita que o ajuda nesse objetivo. Ao assinar, você recebe todos os dias, antes da abertura da Bolsa, uma análise do mercado feita pela equipe do PagBank Investimentos. Com essa newsletter, você vai aprender a investir e entender o que está acontecendo com o mercado.
Além da newsletter diária, você também recebe, semanalmente, uma análise sobre investimentos, com dicas sobre como aplicar melhor e com segurança seu dinheiro. Para assinar a newsletter gratuita de investimentos do UOL, é só clicar aqui. Há ainda conteúdos diários sobre diversos tipos de ativos.
Tem dúvidas sobre ações, fundos e outros investimentos da Bolsa? Envie sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
Quer estar sempre bem informado sobre investimentos? Clique aqui e receba notícias e dicas para investir diretamente no seu WhatsApp.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.