Marfrig e BRF: como ficam as ações após a compra
No Investigando o Mercado de hoje, vamos conversar sobre a aquisição, pela Marfrig (MRFG3), de participação na BRF (BRFS3) e sobre um estudo que indica que o e-commerce deve continuar crescendo no Brasil até 2024.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
Marfrig e BRF: movimentação surpreendente
Na noite da última sexta-feira (21), a Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) divulgaram fato relevante anunciando a compra, pela Marfrig, de 24,23% de participação no capital da BRF.
No comunicado, a Marfrig, uma das maiores empresas de produção de alimentos à base de proteína do mundo, afirma que a aquisição faz parte da estratégia de diversificação de investimentos em segmentos complementares ao seu setor de atuação, e que não tem intenção de eleger conselheiros ou de influenciar decisões da gestão.
As ações da BRF (BRFS3) fecharam em alta de 16,28% na sexta-feira, enquanto as ações da Marfrig (MRFG3) caíram 5%.
No curto prazo, esperamos movimento de queda nas ações da BRF, com investidores enxergando oportunidade de realizar ganhos. As ações da Marfrig também devem cair, porque não há clareza sobre o movimento agressivo realizado pela companhia, além do relevante aporte de caixa, que gera nova alavancagem financeira alta.
Com o preço de fechamento das ações da BRF (R$ 26,93) na sexta, a participação total da Marfrig na companhia vale R$ 5,3 bilhões. A Marfrig, como um todo, vale R$ 12,84 bilhões.
É uma movimentação atípica e a justificativa apresentada não convenceu o mercado. Investidores começam a avaliar qual poderia ser o próximo passo da Marfrig, com uma possível fusão ou a nomeação de conselheiros ao final dos mandatos dos atuais CEO (Lorival Luz) e presidente do Conselho (Pedro Parente).
A CVM abriu investigação porque a Marfrig é obrigada, por lei, a comunicar o órgão sobre a participação relevante acima de 15%, o que não foi feito. O Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) também cobrará explicações, uma vez que as empresas possuem relações comerciais relevantes e esse tipo de participação também deve ser avaliada pelo órgão.
E-commerce no Brasil: estudo projeta forte crescimento
Um estudo publicado no final de semana projeta crescimento de 31% para as vendas por e-commerce no Brasil em 2021, atingindo R$ 198 bilhões. Esse total aumenta a participação do e-commerce no varejo brasileiro para 13% (em 2020, esse percentual foi de 11%).
Além disso, o mesmo estudo projeta crescimento médio anual de 23% para as vendas do online até 2024, o que resultaria em 20% de todo o varejo no país.
A visão predominante no mercado é de que a reabertura do comércio não enfraquece as vendas digitais. As principais empresas de varejo online vêm utilizando a estrutura física para aumentar presença no e-commerce, utilizando as lojas como centro de distribuições.
Entre os principais nomes do setor, enxergamos o Magazine Luiza (MGLU3) mais avançado na ideia de um ecossistema digital. Primeira a adotar essa estratégia, a companhia já detém maior volume de vendas. Outras empresas como Mercado Livre (MELI34), Via (VVAR3) e B2W (BTOW3) vêm intensificando esforços para oferecer mais serviços e melhor qualidade para os clientes.
Para 2021, esperamos que os gastos com marketing, subsídio de frete grátis e isenção do pagamento de comissão para novos vendedores nos marketplaces se intensifiquem, refletindo o ambiente mais competitivo.
Apesar do crescimento acelerado, ainda é difícil prever qual empresa será a grande consolidadora do mercado, uma vez que todas vêm adotando estratégias similares.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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