Leilão de energia é cancelado por falta de demanda de eletricidade
Devido à falta de demanda por parte das distribuidoras, foi cancelado na última sexta-feira (16) o leilão A-6, um dos principais do setor elétrico previstos para o ano, responsável por contratar energia de novos empreendimentos de geração com início de fornecimento a partir de 2028. O leilão abrangia 722 projetos que somavam mais de 56 mil megawatts (MW) em potência instalada.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
A medida, que já havia sido estabelecida em agosto, foi oficializada na semana passada, juntamente com a publicação de uma portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) no Diário Oficial da União cancelando mais outros dois certames do setor -o leilão de reserva de capacidade e o leilão para sistemas isolados- previstos para novembro.
Como principais fatores responsáveis pela postergação, o MME cita a baixa atividade econômica e a migração de consumidores para o mercado livre de energia, movimento que foi exacerbado nos últimos anos com a elevação substancial das contas de luz.
Além disso, outra parte dos consumidores recorreu a sistemas de micro e minigeração distribuída, com estes sendo majoritariamente de fonte solar fotovoltaica, que pode ser instalada em telhados ou em miniusinas com potência de até 5 megawatts (MW).
Diante destes efeitos, o atual cenário para as distribuidoras é o de sobrecontratação, ou seja, as empresas acabam contratando uma quantidade de energia que supera a demanda, uma vez que a atual legislação do setor obriga que essas empresas contratem energia para atender a 100% da demanda dos consumidores de sua área de concessão, podendo contratar até 5% a mais da carga e repassar o custo dessa energia extra para as contas de luz de seus clientes.
Entretanto, acima deste limite, o custo é arcado apenas pelas distribuidoras, que hoje possuem contratos de energia que equivalem em média a 107,7% do seu mercado. Nesse sentido, são reforçadas as incertezas quanto à vigência do atual modelo de contratação de energia definido na última reforma do marco legal do setor elétrico, em 2004.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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