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ANÁLISE

Porto Seguro e XP: duas empresas com apetite para crescer

Felipe Bevilacqua

28/06/2021 08h44

No Investigando o Mercado de hoje, vamos conversar sobre a aquisição da Conect Car pela Porto Seguro (PSSA3) e sobre a XP (XP) fechando parceria com mais um escritório de Agente Autônomo, o Blue3, para criação de uma corretora.

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

Porto Seguro compra 50% da Conect Car

A seguradora Porto Seguro (PSSA3) acertou a compra de 50% da Conect Car, companhia de "tags" para pagamento de pedágio. A participação foi adquirida por R$ 165 milhões do Grupo Ultra (UPGA3).

Fundada em 2013 por sócios do Grupo Ultra (UPGA3) e sócios do Itaú Unibanco (ITUB4), a Conect Car nasceu com o objetivo de criar uma concorrente ao Sem Parar, na época a única companhia de "tags" para pedágio no mercado. As companhias já tinham parceria para oferecer pagamento digital de pedágios e estacionamentos aos clientes do Cartão de Crédito Porto Seguro.

A aquisição faz parte da estratégia da Porto Seguro de utilizar o forte poder de sua marca para ampliar o portfólio de serviços para seus clientes. A seguradora poderá oferecer o serviço de "tags" para seus mais de 5 milhões de clientes de seguro Auto, além de oferecer seguros aos mais de 1 milhão de clientes da Conect Car.

Essa é a segunda aquisição da companhia no trimestre. Em abril, a Porto Seguro havia anunciado a compra da Pet Love, varejista do mercado de animais de estimação, que possibilitou à companhia oferecer o seguro saúde pet para seus clientes.

XP fecha acordo com Blue3

A XP (XP:NASDAQ) anunciou mais uma parceria para ajudar um escritório de agentes autônomos a virar corretora. O Blue3, que tem R$ 10,5 bilhões sob gestão, trocou participação na empresa por tecnologia da XP para se transformar em corretora. Assim como nos acordos com a Messem e a Monte Bravo, a Blue3 ficará com 50,1 % da nova companhia e a XP ficará com o restante. Os valores da negociação não foram divulgados.

A Blue3 foi fundada em 2009 na cidade de Franca, interior de São Paulo. O escritório atende mais de 16 mil clientes com tíquete médio de aproximadamente R$ 700 mil por cliente. O escritório vem conseguindo captar cerca de R$ 500 milhões por mês e espera atingir R$ 16 bilhões sob gestão até o fim do ano. A companhia espera acelerar seu crescimento ainda mais para atingir R$ 100 bilhões de reais sob gestão em 2025.

O acordo, mais um da lista de AAIs se transformando em corretora, intensifica a disputa entre XP (XP:NASDAQ) e BTG Pactual (BPAC11) pelo domínio do mercado neste segmento.

Acreditamos que o movimento da transformação de grandes escritórios em corretoras está ganhando força e aos poucos muda a dinâmica do mercado, colocando as grandes corretoras como fornecedoras de tecnologia para esses escritórios.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.