JBS lucra R$ 3,9 bilhões no 2° trimestre; resultado supera projeções

Maior companhia de proteína animal e de alimentos processados do mundo, a JBS (JBSS3) divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2022. O período foi marcado por uma volta para a normalidade nos resultados da JBS Beef, que começa a enfrentar um ciclo menos positivo para o gado. A companhia apresentou um bom desempenho no geral, porém, graças a sua plataforma multigeografias e multiproteínas, teve ligeira contração de margens.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
A receita líquida consolidada do trimestre foi de R$ 92 bilhões, um crescimento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2021 e 1,5% acima do auferido no primeiro trimestre. Diferentemente dos últimos trimestres, quando o destaque de crescimento era quase que exclusivamente dedicado à JBS Beef, desta vez tivemos a Seara (+19,5% na comparação anual), a Pilgrim's (+18,3%) e a JBS Australia (+22,5%) como as estrelas do período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado teve uma retração de 11,2% na comparação anual, atingindo R$ 10,3 bilhões. Comparando com o primeiro trimestre deste ano, houve um aumento de 2,8%. Já a margem Ebitda foi de 11,2% no trimestre, -2,4 pontos percentuais e +0,1 ponto percentual na comparação anual e trimestral, respectivamente.
A virada do ciclo do gado nos EUA acabou impactando a rentabilidade das Operações da JBS, com o Ebitda da JBS BEEF caindo 54,6% na comparação anual. Já a JBS Pork teve retração de 20% com relação ao segundo trimestre de 2021, sendo os destaques positivos a Seara, a JBS Brasil e a JBS Australia, com crescimento de 87%, 83% e 112%, respectivamente.
Apesar de as operações americanas (BEEF e PORK) continuarem a se beneficiar da forte demanda por carne, o aumento dos custos começou a pressionar a rentabilidade da companhia nessa região. Somam-se, ainda, as dificuldades no mercado interno e a lentidão para o escoamento da produção para a China (maiores spreads para Carne Bovina), além dos menores volumes devido à recuperação do rebanho de suínos.
O lucro líquido da companhia totalizou R$ 3,9 bilhões, uma retração de 9,8% na comparação anual, mas se trata de um resultado sólido e acima do esperado.
Apesar da pressão nos custos, a JBS apresentou mais um ótimo resultado, impulsionado pelas suas operações em geografias que antes eram "renegadas". Por conta de sua diversificação geográfica e de proteínas, a companhia consegue arbitrar seus mercados em seus diferentes momentos -algo muito vantajoso para uma empresa que atua em um setor cíclico.
As ações da JBS fecharam em queda de 2,62% na sexta-feira (12), cotadas a R$ 30,42.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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