Quando temos algum incômodo ou dor, devemos procurar um médico para nos diagnosticar e assim nos remediar. O médico normalmente pergunta os sintomas, a periodicidade deles, se já tomamos algum remédio e, por fim, pede um ou mais exames antes de dar um diagnóstico concreto.
O que ocorre é que muitas pessoas acabam não procurando este profissional para obter um diagnóstico e se automedicar. Na grande maioria desses casos, infelizmente ocorre a famosa "bola de neve", e complicações se tornam inevitáveis.
Com a nossa vida financeira é a mesma lógica. Quando nos encontramos em uma situação conturbada nas finanças, muitas vezes não sabemos explicar como aconteceu e, principalmente, definir qual a forma correta de "remediar" a situação. A consequência disso é o surgimento do consumo e endividamento descontrolados, sonhos esquecidos, frustrações, investimentos e reserva estratégica abortada.
Por isso, é essencial fazermos um diagnóstico de nossa movimentação financeira, apontando tudo que entrou e saiu.
O apontamento financeiro tem como objetivo retratar a sua movimentação de ganhos, prestações/dívidas, reserva estratégica, futuro, sonhos e gastos no período determinado. Por meio deste apontamento, você vai conhecer o caminho que seu dinheiro percorreu, como se fosse uma foto que registra o seu comportamento com o dinheiro no período escolhido, assim você descobrirá seu verdadeiro Eu Financeiro.
Passo a passo:
Quando fazer?
No mínimo uma vez por ano ou sempre que houver uma oscilação em seu padrão de vida.
Aponte tudo que aconteceu em:
- 30 dias: Para quem tem ganhos fixos (salário, aposentadoria)
- 60 dias: Para quem tem ganho fixo e quer confirmar as movimentações
- 90 dias: Para quem tem ganhos variáveis (comissões, serviços prestados por profissionais liberais ou autônomos)
Como e o que anotar?
Descreva com detalhes todas as movimentações que aconteceram por tipo:
- Ganhos: Tudo que você recebe de salário, bônus, horas (extras), renda extra, etc.
- Futuro: Valor poupado para usufruir a longo prazo, como aposentadoria ou renda passiva.
- Sonhos: O que é poupado para sonhos de curto, médio e longo prazo.
- Reserva estratégica: O que é poupado para situações pontuais como oportunidades de compra, emergências, etc.
- Prestações/dívidas: Todas as compras realizadas a crédito, seja à vista ou parceladas. Quando o gasto for parcelado, você deve registrar o valor total da compra na data da aquisição, independentemente do número de parcelas. Exemplo: compra de uma bolsa de R$ 500 parcelada em 10 vezes de R$ 50.
- Gastos: Todas as despesas de contas de consumo, transporte, alimentação, remédios, presentes, etc.
Veja um exemplo:
- Período diagnosticado: mês de agosto
- Tipo: Gastos
- Data: Dia 1º
- Item: Almoço
- Forma de pagamento: Cartão de débito
Como o diagnóstico é praticamente um retrato da movimentação apurada, é essencial detalhar cada um dos itens. Portanto, se estiver apontando gastos de alimentação, liste cada item como no exemplo acima: café da manhã, sobremesas, bebidas, etc. Siga essa lógica com os todos os gastos.
Como fazer um diagnóstico?
Após concluir todos estes apontamentos, observe e tente responder às seguintes perguntas:
- Quais são meus ganhos reais?
- Estou investindo em sonhos?
- Tenho reserva estratégica para situações pontuais?
- Quanto as dívidas estão consumindo de meus ganhos? Elas estão alinhadas com meus sonhos ou são apenas resultado de um consumo inconsequente?
Não tenho dúvidas que ao final deste processo você conseguirá responder essas e outras perguntas.
Entender o caminho que seu dinheiro percorre é a única forma de descobrir seu verdadeiro Eu Financeiro. Consciente disso, você conseguirá traçar um planejamento financeiro moldando, agora naturalmente, suas despesas aos sonhos e objetivos almejados.
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