O bitcoin reagiu nesta semana e atingiu o melhor desempenho desde junho de 2022, ao superar a marca dos R$ 136 mil, contrariando expectativas negativas dos investidores após as fortes quedas das semanas anteriores e a quebra do Silvergate, importante banco ligado ao mercado dos criptoativos.
No último mês, subiu de US$ 22.130 para US$ 24.726, alta de 16,24%. Já em uma semana, a alta foi ainda maior, de 17,64%.
Com o desempenho atual, o bitcoin está indo na contramão dos mercados tradicionais: o SP&500, principal índice das Bolsas de Valores americana, caiu 5% em sete dias, enquanto o índice DJI, mais conhecido como Dow Jones, despencou 5,98% até a última quinta-feira.
Quer entender melhor as razões por trás da alta da criptomoeda e como ela está conseguindo bater os mercados tradicionais? Vem com a gente!
Taxas de juros podem baixar nos EUA
Até o fim de fevereiro, poucos acreditavam que o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, poderia reduzir o ritmo de aumento na taxa básica de juros do país, já que a inflação continua alta por lá. Porém, uma crise bancária se instalou no país e na Europa, com alguns bancos sofrendo sérios problemas financeiros ou correndo o risco de quebrar, o que começou a mudar a opinião do mercado.
Com uma taxa de juros menor, os consumidores tendem a adquirir mais produtos e serviços financeiros, como empréstimos, financiamentos e hipotecas. Além disso, a taxa de juros menor estimula os próprios bancos a oferecer mais empréstimos, em vez de investirem em títulos públicos, por exemplo, o que estimula a atividade econômica no país.
Dessa maneira, o mercado acredita que há mais chances de o Fed parar de subir a taxa de juros nas próximas reuniões, ou até mesmo reduzi-la em breve, de forma a "socorrer" os bancos. Porém, como a inflação continua alta nos EUA, não há como apostar definitivamente em uma redução de juros.
Como isso tudo afeta o bitcoin? Simples: nesse cenário, os investidores tendem a procurar produtos mais arriscados (como criptomoedas) em detrimento de produtos de renda fixa —que rendem menos com a taxa de juros reduzida. Logo, se acredita que a demanda por bitcoin pode aumentar nos próximos meses, o que ajuda a empurrar seu preço para cima.
Short squeeze no preço do bitcoin
Outro motivo que pode explicar a alta recente do bitcoin é o "short squeeze", fenômeno de mercado que ocorre quando o preço de um ativo sobe rápida e subitamente, forçando a mão dos investidores que estão "vendidos" nele, ou seja: apostando na queda de preços.
Quando os preços sobem, parte dos investidores vendidos são obrigados a fechar a sua posição. Como eles não possuem o ativo, mas, sim, o alugam de outros investidores, a posição só pode ser fechada por meio da sua compra —no caso, o bitcoin. Com novas compras, os preços sobem ainda mais, em um ciclo que alimenta a disparada na cotação da criptomoeda.
Finalmente, vale lembrar que a movimentação de preços do bitcoin —ou de qualquer outro ativo— se deve a uma série de fatores complexos e que podem mudar a qualquer momento.
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