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Bolsas asiáticas fecham no negativo com possível deflação na China; Europa sobe de olho nos juros

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira (12), em meio a preocupações renovadas sobre a tendência deflacionária na China. A exceção foi o mercado japonês, que driblou o mau humor da região e deu continuidade a um recente rali.

Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,15%, aos 130.648,75 pontos.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto caiu 0,16% hoje, a 2.881,98 pontos hoje, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda de 0,64%, a 1.749,42 pontos.

Dados oficiais mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI) da China recuou 0,3% na comparação anual de dezembro, em sua terceira queda consecutiva, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) registrou baixa de 2,7% no mesmo período, estendendo o declínio para o 15º mês seguido. Os números fracos de inflação ofuscaram o desempenho melhor do que o esperado das exportações chinesas no mês passado.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng cedeu 0,35% em Hong Kong, a 16.244,58 pontos; o sul-coreano Kospi caiu 0,60% em Seul, a 2.525,05 pontos, no oitavo pregão negativo seguido; e o Taiex apresentou modesta baixa de 0,19% em Taiwan, a 17.512,83 pontos.

Em Tóquio, por outro lado, o Nikkei estendeu o rali dos últimos dias, fechando no maior nível em quase 34 anos pelo quarto pregão consecutivo. O índice japonês avançou 1,50%, a 35.577,11 pontos, impulsionado por ações de conglomerados como Marubeni (+1,4%), Mitsui (+2,2%) e Mitsubishi (+1,8%). Na semana, o Nikkei acumulou robusto ganho de 6,6%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho, acompanhando o tom predominante da Ásia. O S&P/ASX 200 recuou 0,10% em Sydney, a 7.498,30 pontos.

Europa avança de olho nos juros

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, revertendo perdas do pregão anterior, em meio a uma melhora na perspectiva de cortes de juros na zona do euro. Destaque para a ação da Airbus, que subia após a divulgação de encomendas recordes.

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Confira o desempenho dos índices por volta das 07h30:

Londres (FTSE100): +0,78% a 7.635 pontos
Frankfurt (DAX): +0,86% a 16.689 pontos
Paris (CAC 40): +1,16% a 7.473 pontos
Madrid (Ibex 35): +1,01% a 10.105 pontos
Europa (Stoxx 600): +1,01% a 4.487 pontos

Ontem, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a "parte mais difícil" no combate à inflação provavelmente ficou para trás, e que os juros básicos começarão a ser cortados quando o BCE tiver certeza de que o ritmo de alta dos preços está retornando para a meta oficial de 2% ao ano, segundo a Reuters.

Entre as ações, a da Airbus subia 2,5% em Paris, após a maior fabricante de aviões do mundo anunciar que recebeu um número recorde de encomendas em 2023, mais do que dobrando o resultado do ano anterior.

Investidores na Europa também aguardam nas próximas horas o início da temporada de balanços corporativos dos EUA, com resultados de grandes bancos como JPMorgan e Citi. Também no radar estão dados da inflação ao produtor (PPI) dos EUA, um dia após os números do CPI pouco alterarem as expectativas para os juros americanos.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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