Só para assinantesAssine UOL

O que esperar da Embraer (EMBR3) em 2025?

Em novo relatório sobre a Embraer (EMBR3), o BTG Pactual fala sobre a expectativa acerca da companhia após um 2024 estelar e cita os principais desafios a serem enfrentados neste ano, bem como as oportunidades que a empresa terá em 2025.

A casa afirma que a unidade de defesa da Embraer deve continuar se beneficiando de um ambiente global de aumento nos gastos militares, especialmente na Europa, onde a empresa está bem posicionada para capturar novos pedidos.

O C-390 Millennium, carro-chefe da divisão, está no centro das atenções, diz o BTG, com a expectativa de consolidação no mercado internacional.

No segmento de aviação comercial, os analistas entendem que a EMBR3 deve focar em aumentar o volume de entregas, enfrentando os desafios da cadeia de suprimentos que limitaram a produção nos últimos anos.

O objetivo de atingir a marca histórica de 100 aeronaves entregues por ano em 2025 será um ponto crucial para sustentar a confiança dos investidores, segundo o BTG.

Além disso, diz o relatório, as campanhas de vendas para a família E2 serão monitoradas de perto, com o mercado buscando sinais claros de avanço nas entregas e novos pedidos.

De acordo com os analistas, os cinco principais fatores que podem impulsionar as ações da Embraer neste ano são:

  • Novos pedidos: A expectativa de anúncios de novos contratos, especialmente nas divisões Comercial e Defesa.
  • Restrições em concorrentes: Gargalos de capacidade na Boeing e Airbus podem redirecionar demanda para a Embraer.
  • Crescimento nos gastos com Defesa: O aumento do orçamento militar em regiões como América Latina e Europa beneficia a posição da Embraer.
  • Acompanhamento de entregas: A capacidade de superar os desafios logísticos será fundamental.
  • Fraqueza do real: A desvalorização cambial favorece a competitividade da empresa no mercado global.

Já os principais riscos para a Embaer, segundo o relatório, são:

  • Cenário geopolítico: A possível imposição de tarifas nos EUA, caso Trump retorne à presidência, e a intensificação de programas concorrentes, como o A220 da Airbus.
  • Pressões fiscais no Brasil: Revisões orçamentárias podem afetar contratos com a Força Aérea Brasileira.
  • Desafios comerciais nos EUA: Cláusulas de escopo e falta de atualizações sobre o E2 podem limitar o crescimento.
Continua após a publicidade

Com um EV/EBITDA próximo de 9x, o valuation da Embraer está na faixa superior da média histórica. No entanto, o BTG acredita que mudanças estruturais justificam uma expansão adicional desse múltiplo. A redução da dependência da divisão de aviação comercial e a desalavancagem financeira significativa (dívida líquida/EBITDA de 1,5x no 3T24) reforçam essa tese.

Os analistas complementam afirmando que os investidores estrangeiros continuam otimistas com as ações EMBR3, enquanto o mercado local demonstra maior cautela, refletindo preocupações com o valuation já elevado. Ainda assim, a estimativa de EBITDA de US$ 850 milhões para 2025 é um indicador sólido do potencial de crescimento da companhia.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.