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Vale a pena investir em títulos de renda fixa de bancos pequenos?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/06/2021 04h00

Você já sabe que uma opção de investimento em renda fixa são os títulos privados, como os CDBs emitidos por instituições bancárias. Mas vale investir neste tipo de título atrelado ao CDI de qualquer banco, seja ele grande ou pequeno? A dúvida foi respondida no Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL Economia+.

O economista César Esperandio disse que, em geral, quanto menor a instituição bancária, mais suscetível ela está a solavancos da economia nacional ou mundial. Mas há, disse ele, uma avaliação que pode ajudá-lo a escolher em qual banco investir. Assista ao vídeo abaixo e confira que avaliação é essa.

O Papo com Especialista é transmitido sempre às quintas-feiras, das 15h às 16h, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O programa é exclusivo para assinantes e, após a transmissão ao vivo, fica disponível para consulta.

Avaliação de risco é uma ferramenta de consulta

"Por mais bem gerida que uma instituição bancária seja, só por ser menor, os seus títulos têm mais risco. E, por isso, a rentabilidade desses títulos é maior", afirmou Esperandio, que também é do canal Econoweek.

Segundo ele, um dos elementos de remuneração de aumento da rentabilidade é justamente por você assumir um risco maior. Ou seja, é mais fácil encontrar em bancos menores CDBs que rendem mais do que 110% do CDI do que em bancos maiores.

Mas que critério usar para ver se uma instituição bancária tem maior ou menor risco?

Esperando explicou que, se você for investir em bancos menos conhecidos, vale consultar as agências classificadoras de riscos, como a Standard & Poor's e a Moody's, entre outras.

"Na página de RI [Relações com Investidores] de cada instituição financeira emissora de um título é possível encontrar as informações das agências classificadoras de risco", afirmou.

Alguns títulos são protegidos pelo FGC

Vale lembrar, disse o economista, que CDBs atrelados ou não ao CDI estão protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite de R$ 250 mil por CPF na mesma instituição financeira.

"Ou seja, se esta instituição falir, você terá o seu dinheiro de volta dali a um ou três meses, em média", disse.

Para Esperandio, investir nesses títulos de bancos menores com rentabilidade maior é uma estratégia, mas não é recomendável você colocar toda a sua reserva de emergência num CDB atrelado ao CDI e com liquidez diária num banco desconhecido.

"Apesar de estar protegido pelo FGC até R$ 250 mil, se esse banco tiver dificuldade financeira e falir, você vai ter o seu dinheiro de volta, mas pode demorar até três meses. E se, nesse intervalo, você precisar usar sua reserva de emergência? Você não teria de onde tirar", declarou.

Para ele, se a sua reserva de emergência já estiver em dia, vale diversificar nesses títulos.

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