Existe momento ideal para entrar na Bolsa e ganhar dinheiro?
A dúvida sobre o momento mais adequado para começar na Bolsa de Valores e obter rentabilidade ao se tornar sócio de grandes empresas é algo bastante comum para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos.
O tema foi discutido com especialistas no encontro do Guia do Investidor UOL, série de eventos gratuitos do UOL para quem quer aprender a cuidar do próprio dinheiro. Acompanhe a seguir o que Carol Paiffer, fundadora e CEO da Atom S.A., e Marcio Loréga, gerente de Research e Economia do PagBank, disseram.
Entenda e respeite o seu perfil de investidor
Segundo o head de renda variável da Aplix Investimentos, Aroldo Holanda, antes de mais nada, o investidor precisa saber respeitar o seu perfil de risco para operar no mercado.
Para o especialista, quem possui a mentalidade para investir com foco no longo prazo e em dividendos maiores, o cenário atual de depreciação do preço das ações é favorável.
"Este tipo de investidor não está preocupado com a valorização no curto prazo. É sempre importante observar o perfil de risco e volume de investimentos destinado à renda variável", afirmou.
Já para quem está focado no curto e médio prazo, é preciso estar atento à tendência de queda das empresas de interesse. Dessa forma, é possível operar vendido, que é quando o investidor vende o ativo por um determinado valor e faz a compra por um valor mais baixo, lucrando, assim, com a diferença.
Existe o momento certo para começar a investir na Bolsa?
Carol Paiffer, da Atom S.A., lembra que o melhor cenário para comprar ações é quando o preço está baixo —dica esta que vale para a aquisição de produtos em outros mercados, como a compra de um apartamento ou uma casa, por exemplo.
"A gente precisa estar bem posicionado. Se eu estou entrando em um mercado onde existem volatilidade [sobe e desce nos preços] e risco, quanto mais barato eu conseguir comprar essas ações, mais bem posicionada eu estou", explicou.
Carol diz que o erro clássico de investidores iniciantes seja na Bolsa, no mercado imobiliário ou mesmo no segmento de venture capital (das startups), é comprar quando o preço está excessivamente elevado.
"É aquela sensação de estar perdendo a festa. A ação já valorizou, e a pessoa acaba entrando no topo. Quando você entra e já houve a valorização, aparece uma notícia negativa ou um dado novo e as ações caem, e caem rápido. Então o risco é muito maior", disse.
Por outro lado, se o investidor conseguir fazer a compra em um momento de baixa dos papéis, em caso de uma notícia negativa, pode até sofrer retração sobre o valor investido, mas o impacto deve ser muito menor.
Ações ordinárias ou preferenciais?
De acordo com Marcio Loréga, do PagBank, no passado havia mais sentido optar entre ações ordinárias, com pagamento menor de dividendos e direito a voto, e ações preferenciais, com um volume maior de dividendos, mas sem direito a optar sobre os rumos da companhia.
Atualmente, esses fatores não alteram tanto a estratégia. "Hoje em dia, a diferença é muito pequena. Da mesma forma que nas units, que acabam sendo um conjunto de ações ordinárias e preferenciais, que, em um determinado momento, podem se converter em ações de um ou outro tipo", disse.
Para Loréga, porém, para fazer a escolha, é necessário estar atento à liquidez, ou seja, qual delas terá o dinheiro disponível mais rapidamente em caso de necessidade.
Neste sentido, a orientação é observar o nível de movimentação diária das ações.
"É bom olhar a quantidade de negócios e o volume financeiro que é operado para aquela classe de ação. Depois, olhar os objetivos, como os dividendos. Você vai juntar esses fatores para escolher melhor, que muda de acordo com o perfil [de risco do investidor]", afirmou.
E como o investidor pode ser remunerado?
Carol Paiffer, da Atom S.A., divide em três as formas de investidores serem remunerados no mercado acionário: o "day trade", com ganhos a partir da compra e venda de acordo com o sobe e desce diário do Ibovespa; o "swing trade", que é quando ocorre uma distorção rápida nos preços por causa de algum evento, como a pandemia ou uma crise econômica; e o "position trade"; que nada mais é do que a compra pensada para ganhos no longo prazo.
"Para a construção de patrimônio ou conclusão de objetivos, como o pagamento de faculdade dos filhos, acredito que todos deveriam ter parte dos investimentos com uma estratégia de longo prazo", disse ela.
Há, ainda, o long-short, que é quando o investidor "aluga" um papel para fazer a venda sem possuir aquele ativo. Neste caso, o lucro pode ocorrer com a conclusão da transação quando o papel estiver valorizado.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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