Fundos permitem que você invista em mais ações na Bolsa com menos dinheiro
Quando você investe na Bolsa, o ideal é não aplicar tudo nas ações de uma empresa só. Se ela for mal, todo o seu dinheiro fica sob risco. É muito melhor apostar em mais empresas. Mas isso exige mais dinheiro. Os fundos de ações são uma forma de diversificar sem exigir tanto capital.
Essa foi uma das discussões do Guia do Investidor UOL, série de eventos quinzenais e gratuitos do UOL Investimentos para quem quer aprender a cuidar do próprio dinheiro de forma saudável. Leia e assista mais detalhes abaixo.
Diversificar as ações
O fundador e CEO da Invexa Capital, Marcelo Weber, que participou do evento, diz que os fundos são uma forma mais acessível de diversificar seus investimentos.
Com R$ 5.000 o investidor não consegue comprar um lote de cem ações da Vale, por exemplo. Atualmente as ações da empresa estão na casa dos R$ 75, e cem ações custariam R$ 7.500. Mais difícil ainda é variar as aplicações.
Com os fundos, é possível ter algumas opções com poucos recursos. "No mercado acionário, é muito importante não colocar todo o seu dinheiro em uma ação só porque você fica muito concentrado. A volatilidade dessa ação pode trazer muita volatilidade para toda a sua carteira", afirmou.
O analista chefe de ações da Órama Investimentos, Phil Soares, afirma que, além de ter mais opções nos fundos, o investidor se beneficia do conhecimento e expertise do gestor. "Os fundos têm um time de profissionais dedicados a escolher os melhores ativos para o desempenho da sua carteira", declarou.
Atenção às regras do fundo
Soares compara a compra de cotas de fundos de ações ao funcionamento de um condomínio, onde as pessoas têm seus espaços individuais, mas precisam seguir regras.
Por isso, é importante observar atentamente as regras do fundo, que estão disponíveis num documento chamado lâmina.
"O fundo nada mais é que um 'condomínio de dinheiro'. Toda vez que o investidor coloca dinheiro naquele fundo, ele passa a ser cotista e se expor a quaisquer ativos financeiros que o gestor tenha comprado para aquela carteira", explicou.
Soares esclarece que os gestores dos fundos precisam seguir algumas regras estipuladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como a que determina que pelo menos dois terços do portfólio de investimentos dos fundos sejam formados por ações.
"Não adianta nada eu comprar um fundo esperando uma coisa e acabar tendo meu dinheiro exposto a outros fatores. Por isso, o regulamento é um documento importante que todo cotista deveria ler", afirmou.
Especialistas para buscar lucro
Weber explica que, quando o investidor entrega seu patrimônio a um fundo, o gestor começa a traçar planos e desenvolver teses de investimentos para a compra de ações.
Em uma divisão simples, existem as gestões ativa e passiva de um fundo de ações. "A gestão passiva é aquela que vai tentar replicar um índice [como o Ibovespa, a Nasdaq ou o S&P500]. Ou pode ocorrer a compra de papéis com maior volume de negociação e valor de mercado da Bolsa", explicou Weber.
Um exemplo é o investimento em ações de grandes bancos, como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, além de Vale e Petrobras. Ou seja, a aposta é em companhias mais sólidas, que sofrem um nível de oscilação menor em uma eventual crise.
A gestão ativa trabalha com uma composição de empresas que não necessariamente estão na média da composição do Ibovespa. Podem estar com valor baixo e ter potencialmente de crescimento, dando lucro a quem comprou barato.
"É o que a gente chama de análise fundamentalista das ações, em que se escolhe não necessariamente a média das empresas, mas algumas empresas que talvez tenham um potencial de ganho maior a longo prazo", disse o CEO da Invexa Capital.
É dessa maneira que os gestores conseguem se diferenciar, com um olhar mais clínico e direcionado para ações que, individualmente, seriam difíceis de serem observadas por investidores.
"Eles dedicam o seu tempo para buscar empresas que não estão no radar e com potencial em termos de retorno", afirmou Weber.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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