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Com aumento nos preços de medicamentos, vale investir em Raia Drogasil?

Getty Images/Istock
Imagem: Getty Images/Istock

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, de São Paulo

31/03/2022 11h45

As farmácias reajustam amanhã (1º) o preço dos medicamentos em 10,89%, conforme deliberou a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) —o que tende a afetar as ações da rede Raia Drogasil (RADL3).

Na abertura do pregão desta quinta-feira (31), o papel tinha valorização de 0,50%, cotado a R$ 24,17. Nos últimos 12 meses, a ação acumula alta de 0,50%.

Confira abaixo a opinião do Goldman Sachs (GS) e da XP sobre o que esperar das ações da rede após o encarecimento dos remédios.

Em relatório, o banco Goldman Sachs afirma que o reajuste está de acordo com as expectativas dos economistas do grupo e apenas um pouco abaixo da inflação acumulada para o período. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses foi de 10,54% em fevereiro.

O reajuste, segundo o GS, pode "redirecionar a atenção dos investidores para um investimento na ação [da Raia Drogasil". "Em nossa opinião, isso deve ser sustentável para as margens Raia Drogasil [a partir do segundo trimestre deste ano]", declarou. Para o banco, a inflação de 2022 poderá ficar abaixo do percentual do reajuste.

Com os preços da rede aumentando mais que a inflação das despesas da companhia, essa "alavancagem operacional adicional", como chamou o banco, pode ser positiva.

"Em ocasiões anteriores, a rede conseguiu aumentar sua margem bruta no segundo trimestre com a formação de estoque antes do aumento de preço", afirmou o GS.

Conforme relatório, a XP Investimentos afirma que o papel da Raia Drogasil é uma boa pedida: "Mantemos a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 28 por ação".

"A companhia continua a escalar sua operação digital, que se manteve em uma penetração recorde de 9,2% da receita no último trimestre de 2021, enquanto a penetração das categorias de OTC (produtos sem receita), genéricos e serviços no mix de vendas continuam a avançar", disse a XP.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.