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Vendas na Black Friday devem cair pela 1ª vez em 5 anos, diz entidade

Estimativa sobre a Black Friday foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - Luciano Claudino/Código 19/Estadão Conteúdo
Estimativa sobre a Black Friday foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Imagem: Luciano Claudino/Código 19/Estadão Conteúdo

17/11/2021 11h50Atualizada em 17/11/2021 19h44

As vendas da promoção Black Friday devem apresentar neste ano a primeira queda, desde 2016, se for descontada a inflação acumulada em 12 meses.

De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o dia de promoções, marcado para 26 de novembro, deve ter um recuo de 6,5% em relação ao ano passado.

A CNC espera que as vendas cheguem a R$ 3,93 bilhões no país. É o maior valor nominal desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional.

Mas, como a inflação em 12 meses acumula variação de 10,67%, em termos reais, a Black Friday deverá ter uma queda em relação ao ano anterior.

Na edição de 2020, foi registrado um valor nominal de vendas de R$ 3,78 bilhões, que superaria os R$ 4 bilhões se o montante fosse corrigido pela inflação.

A expectativa é que mais da metade das receitas venha dos setores de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,10 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 906,57 milhões).

Outros segmentos com expectativa de receita relevante são hiper e supermercados (R$ 779,09 milhões) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 693,12 milhões).

A CNC coletou diariamente mais de 2 mil preços de itens agrupados em 34 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias, encerrados em 16 de novembro.

Desses, 26% revelaram tendências de redução de preços no período - percentual abaixo dos 46% observados às vésperas da Black Friday de 2020, quando a taxa de inflação era de 3,9%.