IPCA para 2019 passa de 3,71% para 3,65%, aponta Focus
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,71% para elevação de 3,65%. Há um mês, estava em 3,80%. A projeção para o índice em 2020 foi de 3,90% para 3,85%. Quatro semanas atrás, estava em 3,90%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020. Elas constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no fim de julho. Na ocasião, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano.
No Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 passou de 3,71% para 3,51%. Para 2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,90%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,81% e 3,93%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,75%, ante 3,80% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 permaneceu em 3,60%, ante 3,80% de quatro semanas antes.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,70% para 3,61%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 88 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,80%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,90% para 3,82%. Há um mês, também estava 3,90%. A atualização no Focus foi feita por 87 instituições.
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020. Elas constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no fim de julho. Na ocasião, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em agosto de 2019, de alta de 0,19% para elevação de 0,13%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,16%.
Para setembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,20% para elevação de 0,17% e, para outubro, foi de alta de 0,27% para 0,22%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,22% e 0,30%, respectivamente.
No Focus desta segunda, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,63% para 3,56% de uma semana para outra há um mês, estava em 3,68%.
Preços administrados
O relatório indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 4,80% para elevação de 4,60%. Para 2020, a mediana foi de alta de 4,40% para 4,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,90% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,42% em 2020.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020.
IGPM
O relatório do BC mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de alta de 6,28% para elevação de 5,71%. Há um mês, estava em 6,65%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,11% para elevação de 4,08%, ante 4,09% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
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