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Projeto quer proibir reajustes a servidores públicos em fim de mandato

16.jul.2019 - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concede entrevista a jornalistas - Marcos Brandão/Senado Federal
16.jul.2019 - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concede entrevista a jornalistas Imagem: Marcos Brandão/Senado Federal

Daniel Weterman e Marlla Sabino

Brasília

30/04/2020 20h25Atualizada em 30/04/2020 21h39

O parecer do projeto apresentado nesta quinta-feira, 30, pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para socorrer estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus traz mudanças permanentes na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

De acordo com o texto, o presidente da República, governadores e prefeitos não poderão aumentar despesas com o funcionalismo público nos seis meses anteriores ao fim do mandato, ou seja, no período em que podem concorrer à reeleição e usar o reajuste para fazer campanha.

Atos que tragam parcelas de reajustes a serem implementadas no mandato seguinte também não poderão ser feitos.

Nesse período de fim da gestão, o Judiciário, o Ministério Público e os órgãos do Legislativo também ficarão proibidos de mudar as regras para conceder aumentos em seus próprios salários e também de seus servidores.

Pela mesma proposta, estados e municípios poderão renegociar as dívidas que foram parar na Justiça, adiando o pagamento para 2022. Os prefeitos e governadores, porém, terão que abrir mão do direito que fundamentou o questionamento judicial.

Até sábado, 2, alterações ainda serão discutidas antes da votação.