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'Não podemos escolher vacinas, todas são boas', diz Luiza Trajano, do Magalu

Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em São Paulo - Eduardo Knapp/Folhapress
Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em São Paulo Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Elisa Calmon

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

22/06/2021 12h37Atualizada em 22/06/2021 15h40

A empresária e líder do movimento Unidos pela Vacina, Luiza Trajano, criticou nesta terça-feira, 22, a tendência vista entre brasileiros de selecionar tipos específicos de vacinas contra a covid-19. Para ela, esse tipo de comportamento interfere diretamente no processo de imunização no país.

"Não podemos escolher vacinas, todas foram testadas e comprovadas que são boas", diz Luiza, que informou ter sido imunizada com a CoronaVac. "Para mim, essas pessoas (que selecionam os tipos de imunizantes) tinham que ficar no final da fila, porque querem selecionar enquanto muitos jovens estão esperando ansiosos pela sua vez", complementou.

Diante desse cenário, a executiva reforça a importância da comunicação como forma de garantir que brasileiros sejam vacinados integralmente. "Muitas vezes, a pessoa toma a primeira dose, tem uma pequena reação e pode deixar de receber a segunda. Por isso, é essencial transmitir informações corretas", defendeu.

A empresária classificou a interrupção da vacinação anunciada pela Prefeitura de São Paulo na noite de ontem como pontual. A administração da capital suspendeu a imunização contra a covid-19 nesta terça-feira por desabastecimento de doses, mas informou que prevê retomar o cronograma a partir de quarta-feira (23).

"A interrupção das vacinas em São Paulo foi algo isolado. Foi uma questão pontual de logística. Pelo o que estamos acompanhando, o ritmo vai ser retomado normalmente", afirmou a empresária do Magazine Luiza durante a coletiva promovida para comentar os resultados da iniciativa de apoio à imunização no País.

Para Luiza, o acontecimento foi um percalço em meio aos recentes avanços envolvendo à campanha de vacinação. Nessa linha, ela comentou que a expectativa é de chegada de mais doses entre o final de junho e início do próximo mês no Brasil. Com isso, reforçou a importância da mobilização da sociedade civil. "Os pontos de vacinação precisam estar a postos para vacinar em massa nas próximas semanas", disse a empresária.

Entre as iniciativas adotadas pelo movimento Unidos pela Vacina para garantir o acesso seguro da população a essas doses, a executiva ressaltou que todas as capitais brasileiras receberão freezers aptos para abrigar os imunizantes da Pfizer. Os modelos distribuídos, que custam R$ 50 mil por unidade, têm a vantagem de serem maiores e de atingirem as baixas temperaturas necessárias para o armazenamento desse tipo específico de imunizante, ainda de acordo com Luiza.

A meta da iniciativa, que conta com apoio da sociedade civil, incluindo 230 empresas brasileiras, é contemplar 4.200 municípios, segundo uma das líderes do movimento, Maria Fernanda Teixeira. O número é baseado na quantidade de respostas de uma pesquisa promovida no início dos trabalhos do Unidos pela Vacina para identificar quais cidades tinham carência de itens relacionados à vacinação.

"Até o momento, atendemos quase 1.800 municípios, ou seja, metade da quantidade total que solicitou doação de itens. Mas, nosso objetivo é atingir todos os 4,2 mil. Não vamos deixar nenhum brasileiro sem vacina", afirmou Maria Fernanda.