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Pequenos investidores querem bloquear bens de Eike Batista

Luiza Calegari

Do UOL, em São Paulo

08/07/2013 13h28Atualizada em 08/07/2013 14h59

Os acionistas minoritários das empresas do grupo EBX estão se organizando para pedir esclarecimentos e providências sobre as recentes quedas das ações de empresas de Eike Batista.

Em comunicado, o grupo afirma que "estão sendo estudadas medidas judiciais e administrativas visando ao bloqueio dos bens do senhor Eike Fuhrken Batista".

As empresas controladas pelo bilionário vivem uma séria crise de confiança, e as ações vêm desabando nos últimos meses. A fortuna de Eike Batista teria diminuído mais de 90%.

Eike Batista em tempos de crise

Os acionistas minoritários estão se organizando sob a alcunha de Unax. Segundo Adriano Mezzomo, advogado que assina o comunicado da Unax, a associação é livre e aberta, e os próprios acionistas têm procurado o grupo para se organizarem. Eles estão recolhendo procurações entre acionistas no Brasil e no exterior para participar das Assembleias de Acionistas.

"Estamos montando um bloco de minoritários para angariar força e representatividade nas assembleias. No momento oportuno, vamos nos apresentar ao mercado para demandar os dados e informações sobre o ocorrido", afirmou o advogado, que preferiu não mencionar quantos acionistas já aderiram ao grupo.

"Os sinais emitidos ao mercado eram inversos. Em um dia, os poços [da OGX] têm muito petróleo, e no dia seguinte estão sendo fechados. É preciso apurar o conjunto das circunstâncias", afirmou Mezzomo.

Ele disse que a Unax já entrou em contato com os órgãos reguladores, como a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de agências de classificação de risco, pedindo investigação e apuração dos fatos sobre a forte queda das ações do grupo EBX.

Mezzomo afirmou que eles não tentaram interlocução direta com a EBX, e que o processo para que isso ocorra é a participação nas assembleias.

Mais rico do mundo

Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.

De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.