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Montadoras cortam 12,5 mil vagas no ano, mesmo com redução do IPI

Reuters
Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

04/12/2014 17h33

A indústria de veículos cortou 12.568 postos de trabalho de janeiro até novembro em relação ao mesmo período de 2013, segundo dados da Anfavea, entidade que representa as montadoras.

Os cortes aconteceram apesar de um acordo feito com o governo para manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 

corte do IPI foi anunciado em maio de 2012, entre as medidas do governo para tentar estimular a economia brasileira em meio à crise global. Em contrapartida, as montadoras haviam se comprometido a reduzir preços e a não demitir funcionários. 

A proposta do governo era, aos poucos, ir aumentando o imposto, até retornar ao nível original. Isso, no entanto, foi sendo adiado sucessivamente. Agora, a previsão é de que o IPI volte ao normal em 2015. 

As montadoras alegam que foi cumprido o combinado, uma vez que os cortes foram gerados por programas de demissão voluntária, fechamento de vagas por aposentadoria, fim de contratos temporários e acordos com sindicatos.

"Estamos dentro do compromisso assumido (com o governo) de 147 mil postos de trabalho", disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

A indústria encerrou novembro com cerca de 146,2 mil trabalhadores.

Corte do IPI foi usado pela primeira vez em 2008/2009

O governo usou pela primeira vez o recurso do IPI menor sobre veículos para amenizar os efeitos da crise econômica global de 2008 e 2009 sobre o setor automotivo, que representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Brasil.

Depois de ter sido recomposta, a alíquota do IPI sobre automóveis e comerciais leves foi novamente reduzida no fim de maio de 2012, com a finalidade mais uma vez de aquecer o consumo e estimular a economia. 

(Com Reuters)