Veja quem serão os responsáveis pela economia no governo de Michel Temer
Michel Temer assumiu interinamente a Presidência com o desafio de recuperar o crescimento do país. Para isso, mudou os principais membros da equipe econômica.
Segundo o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, todos aqueles que não têm substitutos permanecem em seus cargos, mas nada impede que novas mudanças sejam feitas "nos próximos dias ou nos próximos meses", inclusive nos bancos públicos.
Confira abaixo os novos nomes que já foram anunciados.
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda
Comandou o Banco Central de 2003 a 2010, no governo Lula. Foi presidente global do FleetBoston Financial e do BankBoston, além de ter presidido o banco no Brasil. Foi presidente do Conselho da J&F Investimentos, controladora da JBS (dona das marcas Friboi e Seara), Vigor e Havaianas. Foi confirmado no cargo no mesmo dia em que Temer assumiu, em 12 de maio, e agradou o mercado financeiro.
Romero Jucá, ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
Foi líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Senado e é um dos principais aliados de Temer. Em 2005, no governo Lula, foi ministro da Previdência Social por 60 dias, exonerado após denúncias. Pernambucano, foi governador de Roraima, de 1988 a 1990, e presidente da Funai, de 1986 a 1988. É presidente em exercício do PMDB desde 5 de abril, quando Temer se licenciou. Sua nomeação foi criticada porque é alvo de três inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) e foi citado em delações da Lava Jato.
Marcos Pereira, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Advogado, construiu sua carreira profissional e política vinculada à Rede Record, ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) e à Igreja Universal do Reino de Deus, organizações controladas pelo bispo Edir Macedo. Bispo licenciado, é presidente nacional do PRB desde 2011.
Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
É um dos maiores produtores e exportadores de soja do país. Filiado ao PR desde 2007, trocou a legenda pelo PP. Seu primeiro mandato político foi em 1994, como primeiro suplente do senador Jonas Pinheiro (PFL/MT). Eleito governador do Mato Grosso em 2002, reeleito em 2006 e eleito senador em 2011.
Tarcísio Godoy, secretário-executivo do Ministério da Fazenda
Já ocupou o mesmo cargo até o final de 2015, na gestão do ex-ministro Joaquim Levy. Antes disso, em dezembro de 2006, foi designado Secretário do Tesouro Nacional. Entre 2007 e 2010, foi presidente da Brasilprev. De 2010 a 2014, foi diretor da Bradesco Seguros. Foi o primeiro nome confirmado por Meirelles.
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central
Economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco. Exerceu o cargo de diretor de Política Econômica do Banco Central entre 2000 e 2003, quando trabalhou com Armínio Fraga e, depois, Henrique Meirelles. Entre 1996 e 1999, trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Marcelo Caetano, secretário da Previdência
Deve comandar a reforma da Previdência. Especialista em Previdência, atuou no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) desde 1997. Entre 1998 e 2005, foi coordenador-geral de atuária, contabilidade e estudos técnicos do Ministério da Previdência Social. A partir de 2012, passou a exercer o cargo de coordenador de Previdência do Ipea.
Carlos Hamilton de Araújo, secretário de Política Econômica
Ex-diretor de Política Econômica e de Assuntos Internacionais do BC, também passou pela Secretaria do Tesouro Nacional e pelo Banco do Estado do Ceará, na função de analista. Era executivo do grupo J&F, controlador da JBS (da Friboi e Seara).
Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico
O foco será na qualidade e eficiência das despesas públicas. Consultor e funcionário licenciado do Ipea, é especialista em contas públicas e foi um dos coordenadores do programa econômico do então candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB). Foi coordenador-geral de Política Monetária e Financeira na Secretaria de Política Econômica no Ministério da Fazenda (1995-1997).
Maria Silvia Bastos Marques, presidente do BNDES
A economista presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) entre 1999 e 2002 --quando assumiu, estava grávida de gêmeos. Foi convidada para comandar a Petrobras, em março de 1999, mas ficou na CSN. Entrou para o conselho de administração da petroleira. No governo Collor, atuou no Ministério da Economia e no BNDES. Depois, foi secretária municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, de 1993 a 1996, na gestão de César Maia. De 2007 a 2011, foi presidente da Icatu Seguros. Mais recentemente, foi assessora especial da Prefeitura do Rio para a Olimpíada 2016.
Pedro Parente, presidente da Petrobras
Foi ministro-chefe da Casa Civil no governo FHC de 1999 a 2002. Acumulou o comando da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, chamada de "Ministério do Apagão", durante a crise de energia de 2001. Foi vice-presidente executivo do Grupo RBS, afiliada da TV Globo no Sul, presidente no Brasil da multinacional do agronegócio Bunge e presidente do Conselho de Administração de várias empresas --atualmente, da BM&FBovespa, a Bolsa de Valores brasileira.
(Com agências de notícias)
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